segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Portador do Fim


Em qualquer hospital psiquiátrico de qualquer cidade grande você pode tentar isso. Chegue na recepção e peça para falar com aquele que se chama o “Portador do Fim”.

Se você fizer direito, não deixando margem para dúvida em sua voz, o atendente da recepção vai lhe olhar horrorizado, e provavelmente ficará pálido. Ele não falará nada por algum tempo.

Se o atendente disser para você esperar não obedeça, faça de tudo pra ele não se afastar, segure a mão dele se for preciso. Pois se você deixar, ele chamará aqueles que o levarão para bem longe, onde não possa contar essa história. Se precisar mesmo convencê-lo basta dizer “Meias verdades não adiantam mais para mim, preciso saber como acaba” isso provavelmente vai fazê-lo perceber que está falando sério. Ele fará menção para que o siga, e lhe levará à parte mais profunda e escondida daquele instituto, que a maioria dos outros funcionários sequer conhece a existência.

Provavelmente em uma sala secreta em um corredor ou um túnel no piso. Você saberá que chegou quando o atendente parar de andar em um corredor escuro, e você ouvir sussurros ecoando pela sala. Aquela linguagem é desconhecida pelos homens, e você sentirá no fundo da alma uma vontade indescritível de correr dali.

Mas você deve ir sozinho a partir desse ponto e não pode demonstrar medo, siga em frente.

Se em algum momento, andando pelo corredor, os sussurros pararem diga em voz alta “Estou apenas de passagem, gostaria de conversar”. Se ao falar isso o silêncio continuar, você deve correr. Ir embora o mais rápido que seus pés puderem correr. Você não é digno.

Se os sussurros continuarem, será um bom sinal. Siga em frente.

Os corredores levarão a uma única cela ocupada. Essa cela normalmente é pequena, haverá velas espalhas por todo lado e com certeza não haverá janelas. Haverá um homem encardido e mal cuidado lá. Ele passa a maior parte de seu tempo rabiscando a parede, e nunca, nunca pára de falar naquela língua desconhecida.

A única pergunta que você poderá fazer a ele será “O que acontece quando eles se reúnem?”

O homem parará o que estiver fazendo e virará devagar em sua direção. Você deve encarar aqueles olhos vidrados e loucos sem piscar ou desviar a visão.

Então ele contará.

Contará a história secreta da existência. A história do início e do fim da humanidade. Em detalhes terríveis e horripilantes.

Muitos não agüentam ouvir a verdadeira história. A loucura instantânea os faz esmagaram a cabeça contra a parede do corredor. Outros não agüentarão por muito tempo saberem aquele terrível segredo, e inevitavelmente se suicidarão. Mas todos não irão mais dormir, todos serão assombrados dia e noite pela verdade e todos não confiarão mais em governo ou representante nenhum após ouvir a história.

Se, ao terminar de ouvir, o homem lhe convidar para ver algo dentro da cela. Não aceite. Diga “O conhecimento me foi o suficiente”, e vá embora sem demora. Pois se você aceitar e entrar na cela dele, e o mais terrível é que ela nunca esteve trancada, ele pegará um pequeno objeto embrulhado em um pano sujo.

Ele lhe mostrará “              “ o objeto que é 1 de 538, aqueles que nunca, nunca devem ser reunidos. Se você souber da localização desse objeto, não restará escolha ao homem senão matar você. Ele o fará com as próprias mão e aquele lugar será seu túmulo. Você nunca será encontrado, nem virão procurar por você. Esse será o preço do conhecimento.

E depois de sair de lá? Bem, o segredo é grande demais para um homem só. Eu não contei no início, mas a maioria dos que ouvem a história não conseguirão mais viver normalmente. No fim lhes restará apenas procurarem algum hospital psiquiátrico e viverem reclusos, assombrados pelas infinitas vozes do escuro.

Condenados a passar a terrível história à frente.

domingo, 27 de novembro de 2011

Antran


A imagem que você está olhando foi tirada em algum momento na década de 70.

É a única imagem restante do meu filho e um colega dele, junto com o ser artificial conhecido como “ANTRAN” que tinha sido adotado em nossa família.

Foi um verão quente em meados dos anos setenta, eu estava dirigindo para casa saindo da minha empresa madeireira após uma mudança de tempo, quando eu tive que fazer uma parada no depósito de lixo local para deixar algumas mesas antigas. Enquanto eu despejava as mesas lá, algo chamou minha atenção entre o lixo. Alguma coisa do tamanho de uma criança estava envolta em plástico e jogada em um canto. Desesperado, achando que talvez fosse um assassinato ou algo assim, comecei a desembrulhar o corpo. Para minha surpresa, não havia criança, apenas um grande boneco.

Seu corpo era de plástico com membros de metal. Mas o mais chocante era sua aparência humanóide, seus frios olhos escuros. Vou ser honesta e dizer que eu estava curiosa no momento e incrivelmente impressionada com a obra, então eu não pensei duas vezes antes de colocá-lo com cuidado ao longo do banco de trás do meu carro, e o levei para casa.

O interesse de meu filho foi quase tão intenso quanto o meu, e nós começamos a mexer nele ao longo de alguns dias, abrindo-o e olhando para seus circuitos, procurando por algo faltando ou quebrado (como se entendêssemos seu funcionamento). Eventualmente, cansamos de revirá-lo e o encostamos em um canto da cozinha. Depois de alguns dias, para nossa surpresa, a criatura (ou andróide, como preferir) certa manhã veio à vida.

Estávamos vendo tevê na sala, eu e meu filho. E ouvimos passos vindos da cozinha. Quando olhamos para o corredor, lá estava ele. Apoiado na parede, como uma criança que não sabe andar, nos encarando com olhos curiosos. Minha sensação imediata foi de um horror indescritível, o horror de ver algo bizarro e impossível acontecer. Mas meu filho reagiu de forma diferente, Ele olhou para a criatura e em seguida olhou para mim “O-Olhe mãe, incrível! Ele está vivo!”.

Ao ver a situação daquele jeito simples, me acalmei na hora. E minha curiosidade também era maior que o medo. Ele mal conseguia andar com aquelas pernas finas e desengonçadas. Que mal poderia causar aquele boneco de metal? Com o passar dos dias não conseguia parar de pensar quem poderia ter criado uma peça maravilhosa e extraordinária como aquela, que beirava a magia. E meu filho havia ganhado um amigo. Ele não o via mais como um brinquedo, tinham sentimentos por ele e o tratavam como a um irmão. Qual seria a história por trás de sua criação? 

Não demorou muito para eu ter certeza que aquela criatura não tinha sido criada para ser um brinquedo, ou uma boneca. Ele mostrou sinais de inteligência e incríveis habilidades de raciocínio. Ele aprendeu a andar praticamente como um humano normal, e aprendeu a fazer coisas cotidianas, como levar o lixo para fora, e até brincava com os brinquedos dos meus filhos.

Ele até tinha um favorito, um carro pequeno vermelho que ele pegava nas mãos e fingia dirigia ao lado dos balcões da cozinha. Ele aprendeu a imitar os nossos movimentos, tentando comer com o garfo, apesar de não ter sistema digestivo, movendo-o na boca e fingindo mastigar. Ele não tinha a capacidade de falar. Talvez alguma peça quebrada, talvez um defeito de fabricação. Ele tinha o pescoço danificado e afundado. Alguém teria feito isso com sua garganta? Na hora isso infelizmente não passava na minha cabeça.

Eu sabia que ele não era qualquer coisa normal. Talvez um pedaço militar de hardware, ou um projeto privado. Eu sabia que deveria ter devolvido ele, mas para quem? Ele estava no lixo, então ninguém o queria mais, certo? Quando vi o meu filho brincar com ele tão feliz... Seu rosto se iluminava. Eu não poderia retirá-lo dele, ele sempre foi tão sozinho, este era um de seus únicos amigos, como eu poderia ser uma boa mãe e negar-lhe o direito de felicidade? Decidi ficar com ele por mais algum tempo. 

Chamamos-lhe "Antran”, pois essa era a palavra impressa em letras maiúsculas escrito em suas costas, na altura do pescoço. Alguns meses se passaram rapidamente, e a vida familiar parecia estar melhorando. Ele já era um de nós. Meu filho cresceu, seu humor melhorou, tudo estava ficando melhor. 

Até uma noite em julho. Eu estava sentada na minha poltrona, assistindo televisão. Meu filho e Antran tinham se ajoelhou no tapete, brincando de luta um com o outro, como os meninos normalmente fazem. Quando de repente a minha atenção foi atraída para um gemido alto. Olhei para baixo e vi meu filho apertando o próprio braço.

"O que está errado, Adam?" Eu perguntei.

Ele arregaçou as mangas, e em seu braço havia uma grande marca vermelha que cobria seu antebraço "Antran beliscou-me", respondeu ele, em uma voz chocada.

A marca era de fato vermelha, como uma breve contusão em um caroço inchado roxo. Meu instinto maternal tomou conta de mim, e como uma mãe dando uma bronca em uma criança travessa, eu gritei com o andróide. Seu rosto  metálico e frio, por um momento parecia mostrar genuína tristeza, como se ele não soubesse que tinha força própria. Como se ele estivesse arrependido, seus lábios começaram a se mover. Se ele estava tentando reunir a palavras para se desculpar ou simplesmente copiando o que eu estava fazendo, nunca saberemos. Mas na hora eu me arrependi de ter sido tão dura. E mais tarde, à noite, eu me desculpei sobre os gritos, disse que tudo estava bem, e não pensei em nada.

Poucas semanas depois, meu filho entrou no meu quarto tarde da noite... Meu sono foi interrompido pelo ranger suave da porta.

"Mãe", ele sussurrou.

"Sim, meu filho?", Respondi.

"Ele fica me encarando"

"O quê? O que fica te encarando?" Perguntei-lhe, vendo seus olhos cansados.

"Antran, ele continua olhando para mim, no canto da minha cama"

Sua voz tremeu, ele estava com medo. Eu poderia dizer que algo não estava certo. Notei-lhe esfregando o outro braço, e logo o chamei. Puxei para cima a manga de sua camisa e meu coração afundou, mais contusões. Devem ter sido quatro, cinco por todo o caminho até seus braços pequenos.

"Tire a camisa, Adam", eu mandei, tentando manter a calma. Eu podia sentir um coquetel de emoções subindo dentro de mim, pânico, medo, raiva. Ele tirou a camisa, e meu coração afundou ainda mais, meus olhos se encheram de lágrimas. Meu filho estava sofrendo de um quadro de hematomas, tamanhos diferentes, diferentes tons de marrons e roxos. Imediatamente eu me levantei e invadi o quarto de Adam, atrás do maldito androide. Ele estava torturando o meu filho, a quanto tempo?

Não havia nada.

Várias imagens e lembranças passavam em minha cabeça, o que havia acontecido com Antran? Ele se tornou cruel assim, de repente? Ou só quando eu não estava vendo ele batia em meu filho?

Eu gritei a plenos pulmões por Antran, olhando debaixo da cama, para fora da janela do quarto. Nada. De repente ouvimos passos acima de nós, então o barulho de baques rígidos.

"Está no sótão", eu sussurrei, meus olhos para o teto.

Enquanto andava pelo corredor, notei que as paredes de ambos os lados de mim foram revestidas de arranhões por todo o caminho. Havia trechos em que pedaços da madeira da parede haviam sido arrancadas, as marcas de dedos fundos ainda estavam lá. Fiquei nervosa. Não estava reconhecendo mais quem era aquela criatura.

Teria surtado? Meus gritos aquele dia despertaram as emoções negativas dele? Ou era aquela sua verdadeira natureza?

Cheguei até o pedaço de corda balançando que leva até a pequena porta do sótão. Lentamente, eu a puxei.

Disse a meu filho para ficar onde ele estava, apesar de sentir seu medo. A escada caiu, e eu subi.

Entrei na sala escura e silenciosa, tateei em busca do cordão do interruptor. Encontrei-a depois de alguns segundos. liguei.

Para meu horror Antran a menos de dois metros de mim. De pé, sua face fria erguida e olhando em meus olhos. Os seus olhos piscavam de um jeito louco. Senti aquele mesmo medo terrível, o mesmo que vi da primeira vez que ele andou. O medo da criatura que imita o humano. O medo me fez recuar para trás, e notei que a garganta dele na estava mais quebrada. Ele havia consertado.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele gritou. O som foi terrível, como uma tevê em estática, como a reprodução de todos os gritos que já foram mostrados na TV, em volume máximo.

Tapei os ouvidos com o susto, ouvia Adam gritar também no andar de baixo. Quando abri os olhos pra encontrar Antran, a única coisa que vi foi a pequena janela que temos no sótão destruída. Ele havia fugido. Imediatamente pensei em chamar os serviços de emergência, mas quem vai acreditar em mim? Um andróide machucando o meu filho? Eles vão olhar para as contusões e me trancariam por abuso. Talvez até em um centro psiquiátrico. Eu não tinha escolha a não ser manter a calma.

Semanas passaram, depois meses. Ás vezes saíamos de casa e notávamos sinais da presença de Antran do lado de fora. Plantas que foram arrancadas, marcas de dedos fundos do lado de fora das portas, pegadas de lama perto das as janelas, todas de um pé pequeno.

Eu não queria mais aquela criatura por perto. Adam também não escondia mais o medo dele. Eu deixava todas as portas e janelas trancadas o tempo todo.

Chegou ao ponto de nosso vizinho encontrar seu cachorro com o pescoço torcido no quintal. Era um cachorro dócil. Não falei nada á ele. Nem falei nada a Adam.

Temia pelo meu filho. Quando o levava para a escola, em casa. Nunca o deixa fora da minha vista. Fizemos algo errado? Foi meu grito? Ás vezes eu falava em voz alta durante a noite, desculpando-me com as paredes, para uma sala vazia, na esperança que Antran ouvisse, esperando que ele parasse com aquilo, a perseguição infinita a minha casa. Mas minhas tentativas foram em vão, Se eu soubesse o que viria, eu não teria dormido naquela noite.

Meu sono foi mais uma vez perturbado, embora desta vez por um grito de gelar o sangue. Meus olhos se abriram imediatamente, corri para quarto de meu filho. Mas já era tarde, não havia ninguém lá, o quarto tinha sido virado de cabeça para baixo, os lençóis rasgados, sua janela quebrada. Havia pequenas gotas de sangue no chão.

Comecei a chorar, gritando para ele trazer meu filho de volta. Liguei para a polícia, dizendo-lhes que meu filho tinha sido sequestrado, eles perguntaram se eu tinha visto o culpado, eu menti e disse que não tinha, esperando que as imagens de meu filho fossem o suficiente. Como eles acreditariam que aquela 'boneca' seria capaz disso? Para os próximos dias eu chorei todos os dias antes de dormir, soluçando como uma criança. A vida não valia mais a pena, eu desejo que nunca tivesse encontrado aquela... COISA ... Que traiu minha confiança. Que me fez tratá-lo como um pai trata seu filho, para protegê-lo e depois me fez pagar o preço.

Foi em uma madrugada de setembro, sentei-me em minha poltrona, para beber. Quando ouvi o barulho da porta da despensa ranger.

"Adam?" Corri para a cozinha.

Mais uma vez, nada. 

Exceto, no balcão da cozinha, um carrinho vermelho de brinquedo, o favorito de Antran.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DNA Binário



Dizem que quando você tira a foto de alguém, você captura a alma da pessoa na câmera. Também dizem que se você imprimi-la, você pode controlar a pessoa cuja foto você tirou, porque a alma fica na imagem.

Eu não tenho certeza por onde começar... Você sabe o que é a teoria da Sopa Primordial? Um oceano de elementos, todos flutuando aleatoriamente. E através de milhões de anos, eventualmente o grupo certo de organismos se juntou, os elementos se conectaram, formando a primeira célula de um organismo.

Agora, essa é uma versão “mastigada” disso, mas tenho certeza de que você vai entender. Acelere estes bilhões de anos até os anos 90; quando o uso da internet começou a crescer. Toda casa tinha um computador, e novas conexões entre computadores abriram novas portas.

Trilhões de bytes de data começaram a serem transferidos ao redor do mundo na velocidade da luz; música, texto, som, e o mais importante: imagens.
Quando você tira a foto de uma pessoa e captura sua alma, o que acontece quando essa foto é convertida e colocada em um drive? A alma vai junto? 15 anos mais tarde nós acreditamos nisso. Acreditamos que quando você tira a foto de alguém e coloca no seu computador, junto da imagem uma “planta” da própria alma da pessoa é implantada no arquivo.

Olhe na sua pasta de imagens. Quantas almas vivem apenas nesta pasta?

E isso é só o começo. Cada “planta” dessas almas possui peças de um quebra-cabeça, bem como partes da própria alma.

Recentemente, um grupo de hackers, que se denominavam como os Cardinals (N/T: Cardeais), se interessaram por essa teoria e começaram a fazer experimentos. Eles encontraram anomalias juntamente com os números binários das imagens baseadas em detalhes específicos da pessoa que eles tiravam uma foto. Um DNA binário, se me permite.

Estes hackers conseguiram obter três arquivos de extrema importância. Um .avi, um .jpeg, e um .mp3, cada um possuindo uma qualidade estranha e inexplicável.

O primeiro, cradle.avi (N/T: berço.avi), apresenta o que parece ser um grupo de adolescentes com uma câmera de baixa qualidade explorando o porão de uma casa. A qualidade do vídeo é extremamente distorcida, além da nossa compreensão, e o áudio também é em baixa qualidade. Durante quase todo o tempo do vídeo, a câmera é passada de mão em mão pelo grupo várias vezes, deixando difícil entender o que se passa.

Mas perto do final a câmera se vira em um ângulo estranho, e você pode distinguir uma garota parada em um canto, encarando a parede. Seu cabelo é longo e preto e ela parece estar usando um tipo de vestido branco. Você só pode vê-la por um segundo, mas muitas pessoas que viram o vídeo alegam que alguma coisa parece estar errada com ela. Uma deformidade, mas que ninguém consegue explicar qual.

Mas o mais curioso nesse vídeo é o que acontece com o computador de quem o assiste até o final. No último segundo do vídeo, se ainda não aconteceu, o vídeo forçará a tela cheia a abrir. Juntamente aparecerá um clipe de um segundo repetindo várias vezes a cena de uma janela em uma parede. Ele repete 15 vezes, e então a garota aparece novamente, parada do outro lado da janela, com as costas viradas para o espectador, movendo lentamente seu corpo para frente e para trás. Após alguns momentos nesta cena, o vídeo termina e o computador de quem estava assistindo se desliga permanentemente.

Uma inspeção revelou que todo o registro do computador se corrompeu, sendo necessário que o usuário formatasse e reinstalasse o sistema.

O segundo arquivo é conhecido como needles.mp3 (N/T: agulhas.mp3). Este arquivo tem 3 minutos de duração e é extremamente distorcido. Às vezes parece que dá para ouvir o som de uma voz falando, mas a maioria do áudio se baseia em grunhidos e estalos.

Aqueles que ouviram este arquivo relataram terem sentido muita náusea e perda de equilíbrio por um curto período de tempo.

O último arquivo é conhecido como burningman.jpg (N/T: homemqueimando.jpg)

O nome do arquivo não tem nada a ver com a imagem que ele traz. Só mostra uma imagem confusa de fotos misturadas de bonecas e um corredor. Também parece que há a imagem de um homem parado com sua cabeça abaixada ao fundo, mas a imagem é distorcida demais para se confirmar alguma coisa, mais do que os outros arquivos.

A imagem, quando baixada e aberta em um computador, permanecerá aberta sobre qualquer outro programa que for usado. Não apenas isso, o programa fica inutilizável. Nada mais acontece, a imagem fica na área de trabalho permanentemente, não é mais clicável, não dá para minimizar, e tudo o que resta é ficar observando a imagem, sendo encarado pelo homem oculto ali.

Pelo que o grupo de hackers foi capaz de descobrir, este arquivo parece possuir junto de seus dados alguma coisa com o nome de Cmdow; um programa complexo e intrigante (funciona em todos os sistemas operacionais) que ninguém sabe quem é o criador. Na verdade, poucas pessoas já ouviram falar dele, já que é um arquivo que não dá para copiar ou enviar.

Isso é apenas um detalhe do mistério, já que geralmente algumas pessoas dizem terem recebido o tal arquivo aleatoriamente em emails anônimos, ou postado em fórums. Adiantando a questão, como alguém foi capaz de enviá-lo?

Se você ver algum desses arquivos, evite de baixar QUALQUER UM deles.

Todos tem efeitos variáveis no seu computador, que vão desde apagar todos os seus arquivos, corromper o sistema, congelar seu mouse até danificar seu computador inteiro.

Agora, continuemos:

Esse grupo de hackers, os Cardinals, analisaram estes três arquivos e compararam suas singularidades. Eles já tinham ouvido falar de outros arquivos misteriosos, imagens, dados, etc. Mas nunca conseguiram pôr as mãos em algum deles. Até onde conseguimos saber, há rumores de que eles conseguiram localizar e coletar arquivos conhecidos como o original smile.jpg (N/T: Lembram dele?), barbie.avi, e até mesmo o suicidemouse.avi. Nem mesmo The Grifter foi capaz de escapar deles, os rumores dizem. Mas o rumor também alega que o vídeo do Grifter também existe, mas isso é outra história.

Todavia, com todos esses arquivos nas mãos, o grupo começou a organizar os arquivos e a trabalhar meticulosamente através dos números binários, um 0/1 por vez, checando se alguma série combinava entre si.

E eles conseguiram fazer isso com sucesso, pelo menos é o que dizem. O resultado foram 7 arquivos executáveis que não faziam nada. Simplesmente um monte de 0s e 1s. Eles mexeram nos arquivos várias vezes, cada um sendo executado de um modo diferente. Decidiram nomear os arquivos de Lust, Gluttony, Greed, Envy, Sloth, Wrath e Pride (N/T: Luxúria, Gula, Avareza, Inveja, Preguiça, Ira e Orgulho (os sete pecados capitais).

Finalmente eles conseguiram organizar os arquivos para que funcionarem. E quando conseguiram, algo estranho aconteceu. As cópias dos arquivos foram unidas em um único arquivo executável, já nomeado.

“BarelyBreathing.exe”(N/T: MalRespirando.exe)

E o que tinha nesse arquivo? Bom, pouco se sabe a partir deste ponto. Eles eram espertos demais para apenas abrí-lo. Analisaram o arquivo de todas as formas possíveis; Hex, número binário, conversões, qualquer coisa que revelasse o que esse arquivo fazia.

E mesmo depois deste arquivo ter sido criado, era apenas um amontoado maior de 1s e 0s e não fazia mais sentido do que os arquivos separados.

Eles colocaram o arquivo em um flash drive e o fizeram funcionar. Esse foi o último comando encontrado em seus computadores destruídos uma semana depois. Seus corpos estavam desfigurados além do reconhecível. Descrição dos cadáveres descreveram que parecia que eles tinham sido brutalmente cortados em seus rostos e braços. Cada centímetro da pele que foi retirada estava mutilada. Como se tivessem colocado em um microondas e depois picado repetidamente com uma lâmina de barbear.

O governo imediatamente tentou silenciar o ocorrido, mas houve um vazamento de informações, e como os Cardinals mantinham um blog entre eles e alguns amigos próximos (Está fechado e deletado agora então nem tente encontrá-lo), a informação do que eles estavam tentando fazer logo se espalhou.

E o flash drive? Um amigo, que sabia da existência, verificou a casa do grupo e não encontrou nada. De acordo com alguns relatos, o drive foi encontrado no bolso de um dos hackers e foi levado sob custódia pela polícia, e nunca mais foi visto.

A trilha continua, cada vez mais distante. O arquivo ressurge às vezes pelo mundo. Os governos tentam encobrir, mas algo sempre acaba vazando, claro. Procure nas notícias sobre pessoas mutiladas em suas casas por um “assassino”, seus computadores roubados, etc.

E se você receber um email criptografado com um anexo chamado BarelyBreathing.exe, pelo amor de Deus NÃO ABRA!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Face no Banheiro

Diz uma lenda, que sempre que fechamos os olhos durante o banho, um espírito nos observa.

De acordo com alguns o espírito só nos observa na hora que botamos shampoo e pra isso precisamos fechar nossos olhos, nessa hora o rosto do espírito aparece na parede que fica de frente para nós, e ele fica nos encarando.

Um dia uma pessoa fez de tudo para ver se a história era verdadeira. Essa pessoa tinha ficado obcecada por isso, e tinha que ter certeza se o mesmo era verdade.

De alguma forma misteriosa ele conseguiu vê-lo, parece que na hora de colocar o condicionador ele abriu repentinamente os olhos e o viu. De acordo com o próprio homem o espírito olhou no fundo de seus olhos e deu um guincho terrível, o homem entrou em pânico, mas o espírito o segurou e arrancou seus olhos fora.

O homem, cego e internado, contou como era o dono daquele rosto. Ele contou que na hora, a face estava na altura da dele, usava um vestido branco e flutuava, tinha globos oculares mas suas pupilas eram grandes e profundas, a parte em volta dos olhos eram de uma cor vermelho-sangue, suas mãos tinham dedos afiados e anormalmente longos, os mesmos que usara para arrancar os olhos dele.

Poucos dias depois de revelar essa história, o homem se suicidou, pois não agüentava pensar que sempre ao tomar banho o espírito estaria sempre o observando. Até hoje inúmeras pessoas tentam ver o espírito sem saber da conseqüência de tentar, mas a verdade ninguém sabe ao certo, por que ele nos observa ao tomar banho?

Apenas uma coisa é certa, quando você for tomar banho. Finja que não sabe. Passe seu shampoo, feche os olhos e ignore tudo o que leu aqui. Nunca se sabe.

Quando você abrirá os olhos e encontrará o espírito do banheiro olhando diretamente dentro da sua alma.

Sandman

A verdade é que meus pais me obrigaram a ir para o acampamento de férias, e o resultado não poderia ter sido pior. Havia aquele garoto terrível, Bradley, que costumava me atormentar todos os dias durante a aula. Agora eu tinha tido o azar de ficar no mesmo quarto que ele durante o acampamento.

Mas, veja bem, o que tornava Bradley um garoto tão indesejado eram suas brincadeiras sem graça. Todo dia eu tinha que conviver com o medo de chegar na aula e me deparar com uma armadilha, uma humilhação, uma piada sem graça. O porte físico não era seu forte. Ele era um magrelo delinqüente. Já ouvi antes que seus pais são separados e ele tem desvios de caráter, ou alguma porra zoada assim, mas sei que se a vida dele é uma merda, ele resolveu tornar a dos outros também.

Todos os alunos dormiam em quartos distribuídos dentro de um grande chalé durante o acampamento. Naquela noite meu azar foi duplo pois acabei ficando só eu e Bradley, no último quarto do chalé, que ficava no fundo. O único quarto que tinha uma grande e sinistra janela de frente para nossas camas.

Eu sempre tive muito medo de espíritos e coisas assim, e Bradley sabia disso. Então ele me obrigou a passar a noite escutando as histórias de terror dele, até altas horas. Eu tentava ficar de ouvidos fechados e dizia para ele parar. Mas aquilo só o deixava mais agitado. Histórias de criaturas que devoravam os homens enquanto dormiam, histórias de espíritos que atravessavam sua cama e puxavam a criança para o outro mundo, onde sugariam sua alma.

Em certa altura, sem agüentar mais aquilo disse “Pare, Bradley, se continuar desrespeitando esses espíritos vai acabar ficando amaldiçoado”.

Ele abriu um grande e estranho sorriso

“Amaldiçoado? Isso me lembra uma história... Você conhece a lenda do Sandman?”

Tentei não ouvir, mas suas palavras ecoavam alto no escuro do chalé, iluminado apenas pela luz fraca da lâmpada antiga no teto.

“Os antigos peregrinos contavam que existia um espírito maligno que vagava pela terra, em busca dos olhos que ele não tinha mais. Ele vagava à noite, e pegaria qualquer criança incauta que não gostasse de dormir cedo. Ele possuía uma sacola de areia mágica, que bastava que atirasse um punhado de areia na criança, ela dormiria um sono profundo. Tão profundo que nem perceberia seus olhos serem arrancados devagar de suas órbitas. Os peregrinos diziam que a substância amarelada e arenosa que aparece nos olhos toda manhã é a areia que o Sandman jogou. Um aviso. Para que sabíamos que ele nos vigia durante o sono.”
Eu já estava assustado o suficiente, mas ele continuou.

“Mas o que a maioria não sabe é que os peregrinos eram uns frutinhas... Essa merda toda de Sandman é um grande conto de fadas. O verdadeiro Sandman era um deus cultuado pelos antigos indígenas da América, em florestas hoje invadidas, como essa em que construíram esse chalé aqui. Os indígenas ofereciam a ele sacrifícios de animais e mulheres porque só eles sabiam a verdade.”

Seus olhos se arregalaram.

“Não existe porra de aviso nenhum, mais cedo ou mais tarde, todos os humanos vão para a escuridão, vão para os braços de Sandman”

Assim que ele terminou a história tive um pressentimento terrível.

Brad estava de costas para a janela falando comigo, mas havia algo nela.

Então eu vi. Um rosto na escuridão do lado de fora.

Um rosto terrível e inumano. Sua face branca tinha linhas duras e esticadas, seus olhos eram dois buracos vazados de onde se via a noite.

Bradley continuou falando, mas eu estava paralisado de medo, até que consegui, em um movimento lento, apontar com o dedo para a janela.

Bradley caçoava de mim e ria, mas quando virou de costas e encarou aquele rosto terrível começou a gritar como um louco.

Aquela face branca se contraiu em um sorriso cheio de rugas, como o de um velho cruel. Em seguida simplesmente andou devagar para trás, até desaparecer completamente na escuridão.

Estávamos completamente imóveis. E ficamos realmente assustados por um tempo, mas Brad começou a rir e dizer que aquilo tinha sido uma pegadinha, feita usando uma máscara por de um de seus colegas.

“Pareceu bem real para mim” eu disse, mas ele continuou me chamando de covarde. Ele era tão idiota. Não pude contar a ele.

Que quando o rosto apareceu àquela hora, eu também vi uma mão branca aparecer na janela. Mas apenas a esquerda. E quando ele foi trocar de camisa eu vi horrorizado. Uma mancha roxa nos seus ombros, em forma da palma de uma mão direita.

Talvez medo, talvez vingança. Não consegui contar aquilo à ele. Não lembro direito o que aconteceu depois. Ele continuou contando suas histórias noite adentro e acabamos indo dormir.

Só fui entender depois o motivo de não lembrarmos.

Bradley acordou. “Achei que era de manhã, por que está tão escuro?”

Após ouvir isso eu acordei, mas ao olhar para ele gritei por socorro.

“Porquê está gritando? Que líquido quente é esse que molhou minha mão? Vamos, deixe de brincadeira, ligue a luz”

Mas Bradley demorou demais a entender.

A luz não estava desligada.


Então Bradley começou a gritar.

Suas mãos lentamente tatearam por seu rosto, e ele sentiu seus dedos afundarem nos buracos vazios das órbitas de seus olhos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

1 mês - 1000 visualizações!

Então galera, hoje o Blog Creepy Attic completa um mês de existência!

Realmente, eu acabei foi dedicando mais tempo do que ele merecia isso sim oO

Mas o que realmente me surpreendeu foi que nesse primeiro mês conseguimos juntar mais de 1000 visualizações! Nada mal para um blog criado despretensiosamente...

Obrigado a todos os leitores e leitoras, espero que continuemos nos assustando por muito tempo.

MindFuck - Perfection

Antes de ler esse post, é recomendado você ler este outro post sobre MindFuck: http://creepyattic.blogspot.com/2011/11/mindfuck.html

Perfection, perfeição.

Talvez você já tenha visto essa imagem na net. A foto dessa garota em trajes íntimos já se tornou bem famosa. 

Mas você conhece a história da origem dessa foto?

Esse é um Mindfuck postado originalmente na "Encyclopedia Dramatica", de onde já foi retirado.

Como em qualquer Mindfuck, todos procuram algo estranho na imagem. Mas o que há nela? Uma garota linda fazendo pose. Perfeição? Qual a pegadinha?

Existe uma pegadinha sim, uma muito cruel.

Segundo a história, o nome dessa garota é Mary-Ann Rialeb no Canadá, e ela está morta por beber anti-congelante.

Ela estava em uma festa, em um apartamento de um veterano do seu colégio, em Vancouver. O irmão mais novo desse veterano teria batizado algumas bebidas com anti-congelante para fazer com que as garotas ficassem bêbadas mais rapidamente, mas ele não avisou o irmão ou nenhuma delas sobre isso.

E ele não sabia que aquilo em altas doses era um veneno e que poderia matá-las.

A única que bebeu o veneno foi Mary-Ann, e ela já tinha bebido outras coisas antes. Ela ficou rapidamente bêbada, e começou a reclamar que não estava conseguindo enxergar nada.

O veterano a convenceu a tirar as roupas e posar para algumas fotos. Ele saiu para pegar a câmera, deixando a garota sozinha no quarto. Quando ele voltou, perguntou novamente se não tinha problema em tirar as fotos, e como ela não respondeu nada, ele entendeu que estava tudo bem e tirou algumas fotos. 

Ele perguntou se ela podia mudar a posição, mas ela ainda não respondia. Então ele mesmo pegou e a moveu.

Entre uma foto e outra, o garoto as passava para o computador e colocava na internet. E só foi após a 4ª foto que ele percebeu que ela não estava respirando. O garoto entrou em pânico e chamou a ambulância, mas era tarde demais; ela já estava morta.

Quando foi avisada da morte, a mãe da garota entrou em choque, e disse “Eu sou seu sonho, mente perdida, eu sou seus olhos enquanto você não está, eu sou sua dor enquanto você sofre. Você sabe que é TRISTE, MAS É VERDADE!!!”

Cruelmente alguém postou a imagem como se fosse um Mindfuck, escrevendo "Perfection" com a clara intenção de exaltar a beleza da moça.

Mas pensando bem...

O que é mais Mindfuck do que a foto de uma linda garota rodando pela internet .E saber que há muitos homens que se masturbaram para a foto dela sem saber que na hora ela já estava morta.



MindFuck

Esse post se refere à imagens, clique nas imagens para aumentar.

Você conhece a expressão "Mind Fuck"?

"Mind Fuck" significa algo como "Fode Mente" e é uma febre na internet. Imagens que contém Mindfucks são aparentemente normais. 


Até que se olhe com cuidado.


Normalmente o texto "You will shit bricks" ou "Bricks will be shat" (você cagará tijolos) aparecem nas imagens, se referindo á surpresa do leitor na reviravolta.


Oque você vê na imagem? Olhos assustadores no meio? 


Você reparou no bebê bizarro no canto direito?


Mindfuck são montados de forma a surpreender ou assustar aqueles que procuram os detalhes.

Não demorou muito para imagens bizarras começarem a aparecer na net sendo chamadas de Mindfuck. E apesar de existirem muitos  Mindfucks montados por photoshop, como muitos postados aqui, os mais famosos e perturbadores são aqueles que são, na realidade, fotos reais.

Um dos melhores exemplos são essas aqui.


Mindfuck? Bem, na verdade essas duas fotos foram tiradas em um orfanato que pegou fogo na África.


E sim, esse garoto já foi reconhecido como uma das crianças mortas no incêndio.

Irei postar várias abaixo, tente descobrir o segredo em todas elas.

Sugiro que clique nelas e procure com atenção, mas cuidado... 





a curiosidade pode ser mortal.


Ainda existem muitas pela web. Você saberá dizer quando são montagens e quando são momentos reais, congelados em imagens terríveis?