sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sarah O' Bannon

Antigamente os caixões costumavam ser construídos com furos, ligados a seis tubulações de cobre e um sino. As tubulações serviam para permitir a passagem de ar, e o sino tilintava se houvesse movimento no caixão, para os casos das vítimas fossem enterradas com uma falsa impressão de morte.

Em uma pequena cidade, Harold, o coveiro local, ao ouvir um sino em uma noite, saiu para ver se era uma criança fingindo ser um espírito. Às vezes também era o vento. Mas desta vez, não era um barulho qualquer. Vindo da tubulação de um dos caixões, uma voz implorava para ser desenterrada.

Lendo as inscrições na lápide, Harold começou a perguntar.

"Você é Sarah O'Bannon?" - Harold perguntou.

"Sim!" - uma voz abafada confirmou.

"Você nasceu em 17 de setembro de 1827?"

"Sim!"

"A lápide diz que você morreu em 20 de fevereiro de 1857."

"Não, isso foi um erro, eu estou viva! Me deixe sair daqui!"

"Desculpe por isso, senhorita." disse Harold, enquanto pisava sobre o sino para silenciá-lo e começava a cobrir as tubulações com terra.

"O que quer que você diga, com certeza não está mais viva, e não virá para cima. Eu menti na data, na verdade já estamos em agosto."

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