Você
conhece um livro chamado Codex Seraphinianus? Ele não é muito comentado no
Brasil, mas bastante conhecido mundo afora. É um livro surreal, cheio de
imagens psicodélicas e escrito em uma linguagem desconhecida. Em certas partes
ele é cômico, por outras vezes perturbador.
Ele foi
criado pelo Designer italiano Luigi Serafini (Codex significa livro, Seraphinianus
é uma latinização do nome Serafini) e escrito entre 1976 e 1978 em um
processo que durou 30 meses. O livro foi escrito em dois volumes, totalizando
370 páginas (dependendo da edição) e publicado oficialmente em 1981.
O livro
aparentemente retrata um mundo imaginário criado pelo autor que parodia a
fauna, flora e diversos graus do comportamento humano em suas páginas, sempre
ricamente coloridas e detalhadas.
O livro
é escrito em uma linguagem manuscrita única, que nunca foi plenamente
decifrada, isto é, partindo do princípio que há um significado nela. Essa
linguagem ficou conhecida como “Matrixa”. No link abaixo é possível estudar a
língua mais detalhadamente, e até mesmo transcrever algumas coisas para ela.
Os
capítulos seguem uma sequência lógica que é a seguinte:
1 - O
primeiro capítulo é sobre a flora desse mundo e suas ramificações bizarras.
2 - O
segundo capítulo é sobre a fauna desse mundo e descreve animais estranhos e suas
variações absurdas.
3 - O terceiro
capítulo parece descrever um reino à parte, habitado por criaturas bípedes.
4 - O quarto
capítulo descreve conceitos de física e alquimia, tais conceitos são
completamente diferentes dos de nosso mundo. É o capítulo mais enigmático.
5 - O
quinto capítulo aborda máquinas bizarras e veículos desse mundo.
6 - O
sexto capítulo fala de matérias relacionadas à humanidade desse mundo, como
biologia, sexualidade, e modificações corporais ligadas à cultura.
7 - O
sétimo capítulo retrata eventos históricos daquele mundo, além de abordar
costumes sobre a vida e morte do povo, além de alguns rituais possivelmente
religiosos.
8 - O
oitavo capítulo descreve o estranho método de escrita utilizado naquele mundo
(e no livro)
9 - O
nono capítulo fala dos costumes relacionados à comida, refeições e vestimentas.
10 - O
décimo capítulo descreve jogos de carta, azar além de esportes e outras
atividades bizarras.
11 - O
décimo primeiro capítulo descreve a arquitetura daquele mundo.
Muitos
estudiosos do livro afirmam que é inútil buscar algum sentido em sua escrita.
Para esses indivíduos a leitura do livro não passa de uma experiência visual.
Pois essa era a área de Serafini como artista plástico. O próprio Serafini parece reforçar essa ideia. Em certa ocasião ele declarou que sua intenção ao
escrever o Codex era criar confusão e curiosidade na mente do leitor, sensações
semelhante às que temos, quando crianças, quando abrimos revistas e não
entendemos nada do que está escrito, apenas “sentimos” as imagens.
Após
publicar seu livro Serafini passou muitos anos sem nada declarar sobre o
significado do Codex, mas anos depois declarou que o livro não possuía nenhum
significado especial. Que enquanto escrevia o Codex não pensava em nada, em um
processo semelhante a uma psicografia. As imagens e letras vinham à sua mente e
ele botava-as no papel.
Mesmo
com as declarações do autor, muitas dúvidas ficam no ar, e muitas pessoas não
ficaram convencidas. Um indivíduo ilustraria e escreveria 380 páginas sem
realmente nenhum significado? Ou depois de certo tempo ele decidiu não
revela-lo?
Alguns
curiosas da Ufologia já chegaram a teorizar que o Codex foi “escrito por
alienígenas” através de um processo de emissão de conhecimento à distância,
manipulando a mente de Serafini. Eles defendem essa teoria por muitos símbolos
utilizados na “Matrixa” aparecerem em obras supostamente deixadas por seres de
outro planeta na Terra.
Existe
aqui um link para você baixar o livro completo:
Fontes: