sábado, 21 de abril de 2012

Lone Kim



Pesquisando alguma coisa sobre creepypastas urderground encontrei essa lenda aqui. Ao que me parece ela circulou em alguns fóruns na Austrália em 2009, mas não encontrei nenhuma fonte capaz de confirmar isso.

Irei postar abaixo a lenda exatamente como a encontrei. Depois farei alguns comentários interessantes.

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Lone Kim

Se você estiver lendo isso e você tiver uma esposa que está grávida, isso é um aviso. Se você receber um VHS ou um CD estranho sem remetente, NÃO assista.

Eu só fui descobrir a origem dessa coisa meses depois de ser vítima. Pesquisei e tudo que encontrei é que parece ser uma espécie de lenda urbana, mas NÃO é, leia com atenção.

O mais perto que consegui descobrir sobre a mulher de cabelos pretos é que seu nome seria “Lone Kim” (Kim Solitária) se ela é uma das faces do demônio, um espírito do inferno, Uma maldição que quer destruir a felicidade das mulheres, eu não sei.

Por isso nunca, nunca confie na “Lone Kim”.

Diversas pessoas já foram vítimas desse vídeo amaldiçoado, espalhem essa notícia a todas as grávidas que você conhece, ou pelo menos aos maridos delas.

Aconteceu quando minha esposa estava ainda no quinto mês de gravidez e resolveu fazer um pequeno chá de bebê com algumas amigas, como já tinha feito outras vezes.

Eu não vi o chá por que estava no trabalho à tarde. Quando cheguei à noite, vi apenas alguns presentes espalhados pelo sofá. Minha esposa não estava em casa, mais tarde soube que ela havia ido dormir na casa da mãe.

Sou um homem curioso, e agradeço a Deus por ter descoberto aquela merda sem minha mulher por perto.

Estava remexendo nos presentes, apenas para dar uma olhada. E encontrei aquele DVD no meio das coisas.

Não havia qualquer identificação no DVD.

Lembro de ter achado aquela uma surpresa agradável na hora, na minha cabeça aquele era um vídeo deixado por alguém de surpresa, no máximo um vídeo de boas lembranças, provavelmente deixado pela mãe dela.

Até que eu assisti.

De cara percebi que aquele não era um vídeo sobre minha família. Ao começar aparecia uma mulher andando à tarde em meio a uma rua movimentada, ela estava em uma fase bem adiantada de gestação, devia ter uns oito meses.

A rua parecia bem barulhenta, mas estranhamente o vídeo não tinha som. Aumentei o volume no máximo, mas mesmo assim não se ouvia carros, nada.

Era uma mulher bonita, loira de cabelos curtos e cacheados, não carregava bolsa o que já era bem estranho também. Usava um vestido simples.

A tela repentinamente tornou-se toda preta, uma mensagem em letras brancas apareceu no meio da tela.

“Ao bebê ------- -------”

Haviam duas palavras depois de bebê, mas estavam bem borradas, era impossível ler que palavras eram.

A vídeo voltou para a mulher caminhando na rua.

De cara deduzi que aquele era o trailer de alguma comédia romântica sobre uma mãe de primeira viagem ou coisa assim.

Ela continuou andando até passar por um beco entre dois prédios, no seu lado esquerdo. Ela olha para o beco, e a tela gira por trás da mulher. Não se vê nada na escuridão do beco.

A tela novamente escurece.

“Você consegue ouvir a canção”

Fiquei um pouco perturbado com aquilo, como disse não havia som no vídeo, e agora referência a uma canção. Pensei que uma música ia começar a qualquer momento, talvez um rosto saltasse na tela, para dar um susto. Mas isso não aconteceu.

O vídeo continuou com a mulher entrando a passos lentos no beco. Nessa parte a filmagem ainda está atrás dela.

Um pouco de estática piscou na tela. Não houve chiado ou outro som.

O vídeo parecia agora ser de alguma câmera no beco, ou algo assim. Estava filmando a mulher de cima. Ela estava correndo.

O beco também parecia um pouco diferente. As paredes eram de um cinza encardido. Haviam muitos tubos que saiam das paredes e terminavam um pouco adiante.

Seria o mesmo beco? Parecia que ela corria dentro de um labirinto de paredes industriais. O vídeo durou vários minutos de correria angustiante. Comecei a desconfiar que aquele não fosse um filme comum. Na verdade, estava com a qualidade de um filme caseiro. A mulher estava suada e seus cabelos e roupas estavam muito sujos. A toda hora ela olhava para trás, como se algo a perseguisse.

Em certa altura ela fez uma curva e parou. A câmera estava um pouco acima das costas dela. À sua frente havia uma mulher. Ela tinha cabelos pretos e curtos, eles eram ondulados e caíam um pouco sobre seu rosto.

Ela está sorrindo e fala alguma coisa à grávida, mas som algum sai no vídeo.

A mulher loira olha novamente para trás e confirma com a cabeça.

A de cabelos pretos faz menção para que a siga. E ela a segue, as duas entram em uma porta suja na parede.

Eu assisti a tudo aquilo apreensivo. O que era aquilo? Sobre o que falavam? Naquele momento estava decidido a desligar aquele DVD e parar, pois estava nervoso. Mas o cenário mudou antes de eu alcançar a tevê.

A mulher loira estava deitada em uma maca. Ela estava amarrada com grossas tiras de couro. Estava gritando e chorando muito. Suas pernas estavam abertas.

A de cabelos pretos estava mexendo entre suas pernas. Estava sorrindo e olhando fixamente para o que estava fazendo. Aquilo era obviamente um trabalho de parto.

Aquilo foi tão estranho que não consegui parar de assistir.

Houve estática e tela escureceu, aquilo durou uns trinta segundos. Eu estava suando frio pensando no que apareceria.

A mulher de cabelos pretos estava em pé, a câmera estava filmando seus braços. Estavam completamente ensanguentados, e ela segurava um bebê bem pequeno que chorava e se contorcia. Ela tinha feito aquilo sem usar nenhuma luva. Estava embalando o bebê e sorria.

A mãe da criança olhava para ela ainda deitada, seu rosto estava muito abatido, mas parecia estranhamente feliz ao olhar para criança.

Ela falou algo, talvez “meu bebê” e estendeu os braços, queria segurar seu filho.

Eu achei que aquilo fosse algum vídeo bizarro, talvez uma peça. Mas fiquei aliviado ao ver que tudo tinha ido bem, talvez tivesse sido um parto de emergência, de risco. Para um futuro pai como eu, era impossível não imaginar o que aconteceria se minha esposa passasse por um problema parecido.

Eu quase não consigo contar o que vem depois. Na verdade eu estou escrevendo isso em partes, é difícil. Sempre que me lembro disso tenho que parar um pouco.

Tudo parecia ir bem. Até que a mulher de cabelos pretos parou de embalar e colocar a pequena criança de frente para si.

Seu sorriso desapareceu quando encarou o rosto do bebê.

“Que pena” ela falou tão alto que eu saltei de onde estava sentado. Era o primeiro som que ouvia no filme, e eu havia deixado o som no máximo antes. Aquela era uma voz horrível, muito rouca e havia um eco, uma microfonia ensurdecedora.

“Eu me enganei, não parece nada com ele” – o eco era angustiante

E veio a pior parte.

A mãe da criança ainda estava de braços estendidos, longe da outra mulher.

A de cabelos pretos colocou o pequeno entre as duas mãos.

E o amassou como se fosse uma folha de papel.

Eu gritei, e coloquei a mão na boca. Não era montagem, eu vi. A pequena cabeça encontrando com os pés, o sangue e um bolo da carne se espalhando entre os dedos daquela... daquela criatura terrível.

A mãe também gritou, seu grito foi um guincho terrível, a mulher de cabelos negros deu um riso inumano e jogou a massa da carne em cima da loira. Sua risada ainda ecoa dentro da minha cabeça.

Eu estava chorando nessa hora, aquilo era absurdo demais.

A tela cortou novamente. Era uma filmagem diretamente do rosto da mulher loira. Nesse momento eu estava tão abalado que não consegui pensar em nada, não desliguei o DVD, apenas assisti.

O rosto da mulher estava devastado de dor. Aquilo foi filmado após a morte do bebê, com certeza.

Ela chorava e sua boca estava aberta. O seu choro era de cortar o coração. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, e havia a marca da maquiagem borrado por todo seu rosto, de onde haviam rolado as lágrimas.

Isso durou alguns minutos, até que aparentemente o vídeo foi acelerado.

O rosto sofrido da mulher se contorcia sem emitir nenhum som, como falei, parecia que estava acelerado. Gradativamente seu rosto foi se contorcendo de uma forma bizarra, não sei dizer direito o que estava acontecendo.

A tela foi ficando cada vez mais vermelha.

Até que a cena parou em uma imagem congelada. Os olhos da mulher eram dois buracos escuros onde nada se via, assim como sua boca, dilatada e bem mais aberta que uma boca comum. O fundo dessa imagem terrível era totalmente vermelho.


Saltei da cadeira quando a tela cortou novamente, agora quem aparecia de frente para a câmera era a mulher de cabelos pretos. Ela olhou para mim com um sorriso cheio de dentes pontudos e uma legenda branca apareceu.

“Se não pôde ser meu não será de ninguém”

Seus olhos olhavam diretamente para mim, e aquilo não parecia um filme de jeito nenhum.

“Todos os filhos de -------- são meus ---------”

“No fundo você também sabe”

Então a mão dela apareceram e estavam ensanguentadas até o cotovelo. Ela as esticou para a câmera

“Se você -------- --------- faria o mesmo que eu”

E o vídeo terminou aí.

Tirei o DVD do aparelho e o quebrei até não sobrar nada. Continuei quebrando com as mãos até ficar todo cortado pelos cacos.

O que ela queria dizer? Por que não consegui entender as palavras escritas ali? Eu não desejo saber, só desejo que ninguém mais assista e a esses vídeos, que ninguém tenha o trauma que tenho.

Nunca, nunca confie na “Lone Kim”.

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A história não é muito clara, mas o que eu pude entender é que a Lone Kim parece buscar um bebê porque perdeu o seu.
Tinha uma teoria que dizia que a Lone Kim era um espírito revoltado, que queria retirar a felicidade da futuras mães.
E as referências quanto a “não parecer com ele”? Bem, aqui vem a parte mais bizarra.
Tinha outra teoria que na verdade a Lone Kim não queria avisar as mães, e sim os pais.
A Lone Kim tinha tido um filho com o demônio, e o perdeu. Então ela passou a procurar e caçar apenas as mulheres que tinham tido relações com o demônio também.
“Se não pôde ser meu não será de ninguém”

Mulheres adúlteras que traíram seus maridos com o demônio. A Lone Kim queria que os pais soubessem disso, e pelo DVD entendessem a mensagem.

Supostamente somente as mulheres que tivessem filhos do demônio poderiam “ouvir a canção” da Lone Kim

“Se você -------- --------- faria o mesmo que eu”

Onde o “-------- ---------” significaria “Soubesse verdade”

E então fizessem o mesmo que ela fez.

Ela faria isso até encontrar o bebê parecido o suficiente com o demônio, para substituir o filho que perdeu.

Essa é uma historiazinha bizarra, mas não parei de pensar desde aquele momento. Quantos homens inseguros não ficariam com aquilo plantado na cabeça, depois de ver um vídeo tão chocante?

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