sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ningen



Há alguns meses atrás teriam surgido relatos do avistamento de um estranho tipo de animal que vaga pelos oceanos Pacífico e Antárctico. Estes seres são conhecidos nessas regiões simplesmente como “Ningen”

O "Ningen", que se traduz como "humano" do japonês, foi apelidado assim pelos pescadores nipônicos do Pacífico. Histórias sobre o Ningen surgiram recentemente, a partir da década de 1990 quando vários homens do mar alegaram ter visto criaturas similares nadando em águas profundas. Estes pescadores profissionais ficaram espantados com o tamanho do monstro e ainda mais chocado por esta besta albina parecer chocantemente humanoide.

As testemunhas dizem que ele mede entre 60 e 90 pés de comprimento (18 e 27 metros respectivamente) e pesa dezenas de toneladas. O Ningen é descrito como uma imensa criatura marinha semelhante a uma baleia, com pele de textura suave e pálida quase branca e com um formato que lembra vagamente a cabeça, tronco e apêndices de um ser humano. Quem o avistou, afirma ainda que o Ningen tem uma cauda de sereia no lugar das pernas, enquanto outros insistem que ele possui nadadeiras semelhantes a membros que lhe permitem, inclusive, andar em terra como um bípede. A criatura teria ainda "mãos", dotadas de cinco dedos nas extremidades de braços longos e esguios.


Estes seres são sempre descritos como extraordinariamente grandes e com uma aparência esbranquiçada que o destaca na água. Muitos dos supostos observadores relataram que esses animais não têm características faciais distintas a não ser dois olhos enormes e uma fenda que lhe serve de boca. Segundo a maioria dos relatos, as criaturas teriam hábitos noturnos e prefeririam correntes marinhas frias.

Assim como as baleias, eles precisariam subir à superfície para respirar e quando o fazem lançam grande quantidade de água e espuma. Em algumas oportunidades eles foram vistos aos pares ou até em grupos maiores, embora na maioria das vezes sejam encontrados sozinhos. Machos e fêmeas seriam praticamente iguais sendo impossível distinguir o sexo, se é que existiria separação por gênero.


Nas vezes em que foram avistados, os Ningen simplesmente nadaram ao redor das embarcações mantendo uma distância de pelo menos 10 metros. Barcos que tentaram seguir o animal descobriram que ele pode se mover velozmente e desaparecer em segundos mergulhando nas profundezas. Alguns teóricos conjecturam que os Ningen habitam águas profundas e que precisariam subir à superfície raramente, eles também viveriam sob calotas polares onde encontram nichos e depósitos de ar. O derretimento acelerado dessas calotas teria forçado os Ningen a se afastar do seu habitat natural possibilitando seu avistamento cada vez mais frequente.

Testemunhas também chamaram a atenção para o estranho canto do Ningen, que não se assemelha a nenhum som de animal marinho conhecido e que parece um longo lamento.

Não se sabe ao certo quando os primeiros relatos sobre essa criatura gigantesca começaram a circular​​; mas supõe-se que o Ningen ganharam notoriedade quando informações sobre seus avistamentos acompanhados de relatos apareceram on-line em fóruns populares de notícia no Japão. Um indivíduo anônimo que alegava trabalhar em um "navio de pesquisa do governo", fez um relato completo sobre o avistamento de uma dessas criaturas que acompanhou o navio em que ele estava.

Segundo o relato dessa testemunha - corroborado mais tarde por outros colegas pesquisadores - os tripulantes foram atraídos ao convés pelo alerta de um dos vigias que havia visto o que inicialmente pensava se tratar de um "submarino estrangeiro". Quando o navio de pesquisa se aproximou do objeto ficou evidente que eles não estavam lidando com um veículo submergível, mas com uma forma de vida desconhecida. A tripulação observou com admiração a gigantesca criatura, tratada como algum tipo de baleia acometida de uma anomalia. O animal nadou a uma distância de no máximo 30 metros do navio, fazendo evoluções e surgindo na superfície pelo menos duas vezes até que submergiu e não foi mais vista.


Há rumores persistentes que sugerem que os membros desta equipe oceanográfica registraram a aparição tirando fotografias e realizando filmagens extraordinárias da "coisa" durante o seu breve encontro. Tais imagens teriam sido suprimidas e confiscadas, a fim de poupar o instituto que promoveu a missão do constrangimento - e ruína financeira - de ser associado a este tipo de manchete sensacionalista. Sem dúvida, a explicação se refere ao suposto avistamento de "águas vivas gigantes" em 2002 que se provou um fiasco e arranhou a credibilidade do órgão de pesquisas oceanográficas do Japão que deu crédito a imagens falsas.

Não é preciso dizer que logo que essa ocorrência se tornou pública, através do relato de supostas testemunhas, o enigma ganhou interesse da imprensa e do público. Em novembro de 2007, o burburinho em torno desses monstros misterioso, e as fotografias que começaram a aparecer, era tão intenso que os editores da revista japonesa "Mu" publicaram um longo artigo sobre este acontecimento desconcertante.

A "Mu", é uma publicação semelhante a "Fate," uma revista que se dedica à difusão de informações sobre todos os tipos de fenômenos paranormais, o que inclui cryptids, o avistamento de animais e criaturas desconhecidos e não catalogados pela ciência. Em seu artigo sobre o Ningen a revista questionava a existência da tal criatura marinha, entrevistava autoridades, cientistas, biólogos e marinheiros além de questionar a possível existência de uma criatura marinha gigantesca. A edição foi um sucesso e o Ningen se tornou ainda mais popular, ganhando fama internacional.

Fotografias e desenhos da criatura ilustravam as páginas da revista. A "Mu" exibiu ainda uma imagem do Google Maps do que parecia ser uma criatura semelhante ao Ningen nadando no Atlântico Sul, próximo da costa da Namíbia.


Logo após a publicação do artigo, um dilúvio de cartas bombásticas, relatos exagerados, fotos desfocadas e vídeos com imagem granulada inundou a web com indivíduos afirmando ter visto a mesma criatura marinha em alguma ocasião. A maioria dos relatos e material gravado era no mínimo de origem questionável, sendo que alguns eram falsificações grosseiras. Outros, no entanto, eram simplesmente estranhos e impossíveis de serem avaliados. Mas alguns poucos causaram dúvida como a misteriosa fotografia de uma criatura bípede, semelhante a um cetáceo "caminhando" sobre calotas polares na Antártida.


O farto material alimentou a discussão e acalentou a teoria de que o governo japonês teria conhecimento da existência dessa forma de vida e que levava muito à sério qualquer relato feito por embarcações que afirmavam ter visto a criatura. De fato, existem inúmeros rumores sobre investigadores do governo ligados às forças armadas japonesas, sobretudo a Marinha, fazendo perguntas e entrevistando testemunhas.

Um dos boatos mais extraordinários envolveu o avistamento de um Ningen pela tripulação de um barco de pesca em águas japonesas aconteceu no ano de 2008. A tripulação do pesqueiro teria visto não apenas uma, mas duas das bizarras criaturas nadando em águas mais rasas. Os animais teriam circulado o pesqueiro várias vezes, rompendo a linha de superfície e se aproximando ficando a apenas cinco metros do costado. Na ocasião, os pescadores tiraram várias fotos e chegaram a fazer um vídeo curto da experiência. Eles teriam ainda gravado o som do canto do animal. A prova irrefutável teria sido negociada com um canal de televisão japonês, que comprou o material e pretendia apresentá-lo em um programa de televisão. Na última hora, o material teria sido confiscado por autoridades que exigiram a entrega de todas as fotos e filmes sob pena de instauração de processo.

Os defensores da existência do Ningen afirmam que a maior parte das fotografias de má qualidade, montagens e narrativas simplórias que vieram à público foram criadas paraencobrir a verdade e rejeitar toda e qualquer noção de que essas coisas possam ser reais. Segundo esses "teóricos de conspiração", a melhor maneira de desacreditar uma estória real é contá-la de uma forma que qualquer menção a ela pareça inacreditável, ridícula e em ultima análise delirante.


Qualquer entusiasta da ufologia defende que esta é a mesma tática usada pelos EUA e muitos outros governos para desacreditar fenômenos envolvendo os OVNI. O maior de todos os fenômenos envolvendo um mistério ufológico, o famoso Caso Roswell parece seguir essa cartilha, nele supostos discos voadores foram tratados como balões metereológicos. Os céticos sugerem que esse método foi empregado para reduzir a paranoia crescente sobre "discos voadores" durante a Guerra Fria.

Afinal de contas o que seriam esses seres, qual seria sua origem? Seriam formas de vida inteligente, sistematicamente ocultadas para o grande público? Alguma forma de vida alienígena ou milenar que possui parentesco com os humanos? Provavelmente nunca teremos certeza.

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