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domingo, 17 de agosto de 2014

Parasyte - Os Vermes Vindos do Espaço


Você conhece uma manga japonês chamado Parasyte (Parasita)? Ele é quase que completamente desconhecido no Brasil, mas no Japão é considerado uma obra-prima entre os mangas de terror e é, ainda hoje, fonte de inspiração para muitas franquias.

Parasyte foi escrito por Hitoshi Iwaaki e publicado entre 1990 e 1995. A história gira em torno de Shinichi Izumi, um jovem de 17 anos que vive com a mãe. A obra começa mostrando vermes caindo na Terra vindos do espaço durante a noite e entrando na cabeça das pessoas pelas orelhas enquanto dormem.


Em poucos minutos esses vermes se fundem com o cérebro, matando o hospedeiro original e tomando o controle de seus corpos. Poucas horas depois essas pessoas levantam-se e devoram friamente o resto de suas famílias. Esses parasitas, que sempre permanecem na cabeça do ser vivo, conseguem se deformar e assumir qualquer forma ou rosto. Também podem endurecer e criar lâminas e escudos para se defenderem e alimentarem-se.


Pela manhã o jornal começa a noticiar chacinas por toda cidade. Várias pessoas desaparecidas, e uma grande quantidade de famílias encontradas destroçadas em suas casas. É apenas o início de uma história sem muita perspectiva de final feliz.

Um Parasyte pousou no quarto de Shinichi Izumi, mas o jovem estava usando fones de ouvido enquanto deitado, por isso o verme não pôde entrar em seu cérebro. O jovem chegou a acordar e tentar se defender do parasita, porém o verme adentrou o tecido que conseguiu alcançar, seu braço direito. Por não ter sentido qualquer dor, o garoto acaba se convencendo que tudo aquilo foi um sonho.


Logo Shinichi descobre que algo aconteceu. No dia seguinte seu braço adquiriu consciência e agora é um tecido amorfo, que pode conversar com o garoto e tomar formas variadas de armas e outras habilidades ainda mais bizarras. Sendo um dos raros casos de Parasyte que ainda detém a consciência do portador original, o jovem inicialmente se revolta por ter quase ter tido seu cérebro devorado, mas não há muito tempo para refletir sobre isso. Infelizmente para ele, os demais Parasytes da cidade percebem que Shinichi não é como eles, e decidem exterminá-lo. Cabe ao jovem descobrir como trabalhar em equipe com o parasita de seu corpo e sobreviver aos ataques constantes que se sucederão nos próximos meses.

Logo de início, gostei muito de como o autor desenvolve o enredo de Parasyte. Você sente como se estivesse assistindo um filme de terror, daqueles bem trágicos. De cara somos apresentados à uma criatura do espaço implacável e irastreável, que trata humanos como ração.


A própria relação de Shinichi com o Parasyte de sua mão direita, chamado de “Migi” (direita em japonês) é bem conturbada. O jovem o odeia por quase o devorar e por torná-lo uma aberração, ao mesmo tempo, o Parasita se defende sob o argumento que é um ser vivo lutando para se desenvolver e que ele mesmo não tinha consciência da época que era um verme nem nasceu daquela forma por escolha própria. Ele irá proteger Shinichi, mas não por qualquer empatia consciente, apenas porque se o garoto for morto, ele morre junto. É como se os vermes fossem uma nova classe de ser vivo, adaptando-se às várias situações e tentando conquistar o espaço tomado pela raça dominante do planeta, o homem.

Os vermes possuem algumas limitações. Eles só podem se alimentar do mesmo tipo de animal com que se fundiram (por alguma espécie de necessidade genética) e não podem passar por nenhuma máquina de raio-x, senão a falta de ossos da cabeça fica completamente exposta. Mesmo tão fortes, eles ainda estão ligados ao corpo que possuíram. Um dano no coração ou demais órgãos pode fazer um parasita morrer, por isso eles preferem se manter ocultos da sociedade.

Conforme avança frente às batalhas e calamidade que encontra, Shinichi acaba por aceitar sua nova condição e decide eliminar todos os parasitas que encontrar, para proteger a raça humana. Parasyte é uma obra fascinante por sempre fazer você pensar em qual é a linha que separa a sua consciência como criatura daquela que te torna humano. Chega um ponto na história onde Shinichi realmente não consegue mais se considerar humano. Ele se torna tão poderoso e distante que acaba de afastando de todos os humanos, e pouco-a-pouco perdendo a empatia por vê-los serem mortos ou devorados. A pouca ligação que ele possui com a humanidade, e a que ele se apega, na forma de sua mãe e de alguns namoricos, normalmente são retirados dele em meio ao caos e tragédias dessa nova vida. No final Shinichi entende que evoluir significa estar sozinho e a responsabilidade estressante de ser um adulto tentando sobreviver. Existe uma grande mensagem sobre maturidade e sobre como encarar a vida.

É o tipo de história de você começa a ler desprenciosamente, mas conforme avança percebe que te faz refletir sobre o egoísmo da evolução e sobre o quanto a importância de sobreviver passa por cima dos sentimentos dos outros seres vivos. Afinal, qual a diferença essencial entre ser um humano que caça e mata outros animais para sobreviver com ser um Parasyte que caça e mata o ser humano para sobreviver?

Cuidado! Spoilers à frente!

Eu disse para você que não havia muita perspectiva de final feliz. No fim da história a humanidade descobre uma forma de lutar contra os Parasytes e até consegue desmantelar os maiores grupos deles, mas erradica-los torna-se impossível. Umas poucas centenas de Parasytes restante (os mais discretos e inteligentes) ainda continuará sobrevivendo e devorando humanos escondidos. Felizmente eles nunca serão um número grande o suficiente para dominar a Terra.

Agora a parte interessante! Se você ler Parasyte até o fim perceberá que muitas obras atuais se inspiraram em vários conceitos na cara dura, irei citar algumas aqui.

O Guarda Real Menthuthuyoupi, da obra Hunter x Hunter, deforma o próprio corpo e transforma os braços em tentáculos com foice na ponta. Uma referência clara às batalhas de tentáculos de Parasyte.


As transformações nos braços de Alex Mercer em Prototype (inclusive em tentáculos) em muito se assemelham às transformações em Parasyte.


Tentáculos de foice? Cachorros que dividem a cabeça ao meio? Braço mutante que se transforma em um escudo? Qualquer semelhança é mera coincidência...





E por falar em cachorros com cabeça se dividindo, alguns aqui devem se lembrar do boss Sheeva, do jogo Parasite Eve. A cena da transformação foi Inspirada claramente em Parasyte.

Li Parasyte até o fim e recomendo fortemente para todos os fãs de ação e terror. É uma obra recheada de Gore e ação ininterrupta, mas que ao mesmo tempo explora bem o lado humano e os pensamentos mais profundos que tornam o ser humano egoísta. Confiram os links abaixo.

Link para o manga (somente em inglês):



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Gyo – O Terror que veio do Mar


Esta noite falarei sobre uma obra de terror interessante mas pouco conhecida do gênio japonês de terror Junji Ito.

Gyo (peixe, em japonês) foi publicada originalmente entre 2001 e 2002 e impressionou os leitores pela história bizarra e imprevisível. Hoje Gyo é considerado por muitos como a segunda melhor obra de Ito, perdendo apenas para sua obra mais conhecida, Uzumaki.

A história gira em torno do casal Tadashi e Kaori, que em uma visita a praia são atacados por um bizarro peixe com patas. Um detalhe importante é que o peixe exala um cheiro terrível, que torna insuportável ficar confinado no mesmo ambiente que ele.

Em poucos dias novos peixes com patas surgem do mar, assustando a população. Ninguém entende ao certo de onde vêm ou o porquê de eles terem criado patas, e a maioria subestima o problema. 


Isso muda apartir do momento que tubarões e lulas gigantes com patas começam a sair andando do mar!



Descobre-se que os peixes com patas são capazes de infectar outros animais e até humanos, com uma doença terrível que os faz inchar e expelir gás incontrolavelmente.

Essa doença, que foi desenvolvido originalmente como uma arma química, irá infectar toda a cidade e em poucos capítulos veremos o lugar tornar-se um inferno pior que o de qualquer filme de zumbis.

Contarei um pouco mais abaixo, quem planeja ler o manga pule esses parágrafos!

Cuidado, spoilers à frente!


O leitor descobre que as “patas” dos peixes na verdade são máquinas movidas pelo gás que os seres vivos infectados produzem, em uma relação bizarra de simbiose com o maquinário. Resumindo, muitos dos animais marinhos com patas estão mortos, ou morrem em poucas horas e a máquina continua a movê-los, transformando os corpos putrefatos em zumbis-mecânicos movidos a gás!

Ah, então o extremo mau-cheiro que exalam vem da putrefação das carcaças?

Não! É aí que entra a surpresa, o vilão de Gyo não são as máquinas, é o próprio gás! O gás, que é chamado de “o cheiro da morte” possui consciência própria e infecta os seres vivos para consumi-los. Não é explicado ao certo como o gás adquiriu vida, mas há a explicação de que seria a própria consciência da morte materializada na Terra, ou algo parecido com isso.

Sei que contando dessa forma a história pode parecer bizarra até demais, mas o cenário de horror criado em Gyo é impressionante e vai prender o leitor até o final com a criatividade de Ito.

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No link abaixo é possível baixar o manga em português, aconselho que baixe logo, pois se vier a ser autorizado sua publicação no Brasil, esse link será derrubado.


Em 2012 foi produzida um longa em animação de ótima qualidade sobre Gyo. A história é um pouco diferente, mas está bem próxima da original.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

.Flow – Onde Nascem os Pesadelos


Estou trazendo um post exclusivo hoje. A alguns meses atrás falei sobre Yume Nikki aqui no blog, um jogo original de RPG Maker que fazia o jogador viajar pelo mundo dos sonhos. Hoje falarei sobre um fangame famoso baseado em Yume Nikki, o violento .Flow.

.Flow (se pronuncia assim mesmo “ponto Flow”) foi criado por um desenvolvedor creditado apenas como “lol” no programa RPG Maker 2000 e distribuído gratuitamente na internet.

Mesmo sendo um fangame de Yume Nikki, o jeito como a história de .Flow é apresentada torna o jogo uma experiência completamente diferente. Se em Yume Nikki seu objetivo era explorar experiências estranhas no mundo dos sonhos com uns poucos pontos assustadores, em .Flow o mundo todo é assustador com uns poucos ponto de paz. Como se a protagonista vivesse constantemente presa em um mundo de pesadelos. A trilha sonora também é original e diferente.

http://www.youtube.com/watch?v=gMmYxC8FuZU

O jogo gira em torno da personagem principal, Sabitsuki (“coberta de ferrugem” em japonês), que assim como Madotsuki de YN vive em um apartamento sem poder sair. O jogo começa quando você a faz mexer no computador e rodar um programa chamado .flow, assim sendo levada para uma sala de onde é possível explorar diversos mundo bizarros. O jogador pode salvar o jogo quando Sabitsuki deita na cama.

Um detalhe importante que chamamos de “a” Sabitsuki por que se supõe que ela é uma garota já que usa vestido e outros efeitos femininos, mas seu visual é bem andrógino, e certeza absoluta ninguém tem. Talvez ajudasse se ela falasse algo durante o jogo.


Os cenários de .Flow são quase que totalmente urbanos, confusos e metálicos e parecem ser referência a uma cidade de onde não se consegue sair (Silent Hill?).

O objetivo do jogo é colecionar os 24 “effects” (efeitos) e habilitar os finais do jogo, e também procurar o “final verdadeiro” além dos eventos secretos, onde ocorrem eventos horripilantes.

Ao contrário dos efeitos de Yume Nikki, os “effects” que existem em .Flow são bem violentos (o efeito “viscera” por exemplo, faz a menina abrir a barriga e mostrar os intestinos) e o única efeito que pode ser utilizado de forma ofensiva que Sabitsuki encontra no jogo é o “cano de aço” (esse sim uma referência inegável a uma das armas ícones de Silent Hill).


Como de costume, .Flow é um jogo que não explica nada ao jogador e por isso dá margem à criação de muitas teorias e suposições. Tentarei explicar o máximo que puder ao longo do post, por isso se quiser jogar e procurar por si mesmo NÃO LEIA O TEXTO ABAIXO, AVISO DE SPOILERS!

No jogo existem diversos inimigos, mas o principal deles é um dos ícones do jogo, os chamados “Kaibutsu”.

Esses indivíduos de face ensanguentada que se vestem com uniformes colegiais japoneses masculinos normalmente andam lentamente pelo cenário, mas existem alguns que riem de maneira sinistra e perseguem Sabitsuki por todo o mapa se necessário. O cabelos de todos eles é branco, como o de Sabitsuki, e tocar em um deles transporta o jogador para um ponto isolado de onde a única maneira de sair é a opção “acordar” que leva Sabitsuki de volta para seu quarto.


Em .Flow é possível se morrer aos poucos, tocando em alguns inimigos, parecidos com baratas. Quando isso acontece Sabitsuki começa a ficar ensanguentada gradativamente até que a personagem fique com a cara totalmente irreconhecível. Nesse momento ela pára e olha para tela. A semelhança dela com um Kaibutsu é inegável, e então ela acorda. 

Uma das maiores teorias diz que Sabitsuki possui uma doença sanguínea contagiosa, e por isso deve ficar trancada em seu quarto. A sequência de ficar mais e mais ensanguentada representaria a evolução da doença, e virar um Kaibutsu representaria morrer pela doença. 



Conforme vai ficando mais e mais ensanguentada, muitos afirmam que Sabitsuki parece estar ficando “enferrujada”, a ferrugem é uma constante no jogo, muitas vezes de forma subliminar, o que teorizam representar a morte do metal, do urbano, do mundo. Existe uma teoria maluca sobre Sabitsuki ser um robô, mas não faz muito sentido. Faz mais sentido pensar que Sabitsuki está ligada de alguma forma ao cenário, e a ferrugem representaria o seu desgaste com o tempo, talvez pela doença.


Existe ainda uma outra teoria bem defendida de que Sabitsuki fazia parte de uma gangue na escola. Essa teoria é defendida baseando-se principalmente em um cenário secreto do jogo, onde se é possível encontrar a “Corrupted School” infestada de Kaibutsus, e que possui o famoso trio Kaibutsu, muito presentes em fanarts do jogo, que seriam inimigos especiais, representando rivais que ela teve na escola.


Por algum motivo, as pessoas costumam relacionar as atitudes de Sabitsuki com uma estudante problemática e que poderia muito bem fazer parte de uma gangue. Seus “effects” mostrariam isso. Além de andar com um cano de aço, também existem os efeitos “capuz”, “Tatuagem” entre outros similares.

Eventos Especiais

Existem eventos bizarros espalhados pelo jogo, que resultam em Sabitsuki acordar imediatamente. Irei comentar conforme a sequência, acompanhe pelo vídeo.



0:00 - Bloody Room event,

Em uma sala ensanguentada no esgoto, mais facilmente acessível com o efeito “Slime” Sabitsuki se recusa a abandonar a sala, e em poucos segundos o rosto dela se enche de sangue e ela acorda.

Teoria: Não há teoria especial sobre essa sala, mas ela se parece muito com as salas do hospital.

1:02 – Dying Girls event

Ao abrir uma porta em uma pichação com uma poça de sangue, Sabitsuki entra em uma sala de aparência orgânica, ali há uma garota de cabelos escuros e mais à frente uma sala repleta com essa mesma garota. Para abrir espaço Sabitsuki tem que matar várias delas com o cano. Na próxima porta há uma versão gigante da garota, presa às paredes. Ela sofre gradativamente enquanto o ambiente fica mais e mais vermelho, então seu abdômen se abre e ela morre de vez. Sabitsuki então acorda.

Teoria: Alguns dizem se tratar de uma representação dos anticorpos de Sabitsuki perdendo para a doença, mas a maioria esmagadora acredita que a garota de cabelos escuros representa a mãe de Sabitsuki, que teria morrido no parto dela. Ela não tem rosto pois Sabitsuki nunca a viu, e provavelmente morreu porque era muito jovem para um parto. Sabitsuki não gosta de lembrar disso por isso a sala é bem escondida, representando a repressão da memória.

3:08 – Kaibutsu in the Bar

Na área urbana existe um bar onde se vê um Kaibutsu bebendo tranquilamente (ele é o único do jogo com esse comportamento). Se Sabitsuki tentar matá-lo com o efeito do cano ele se vira e a mata primeiro, enquanto sua face volta fica ensanguentada. Depois de longos segundo vemos o que parece ser Sabitsuki morta em frente a seu computador, no mundo real. Mas ela acorda depois de alguns segundos.

Teoria: Pode ser que o evento só simbolize o fenômeno do “sonho dentro do sonho” onde por um momento acreditamos que o evento realmente matou Sabitsuki no mundo real, apenas para ver ela acordando de fato um pouco depois. Mas alguns teorizam que o evento representa como o mundo de .Flow só reflete para Sabitsuki o que ela dá, ou seja, os pesadelos dela são violentos por ela ser uma pessoa violenta.


Corrupted School

A porta para esse evento aparece de forma aleatória, por isso pode ser necessário sair e entrar no jogo algumas vezes.  Dentro da uma porta branca com sorriso de Kaibutsu haverá um ambiente infestado deles. Deve-se usar o efeito “Ghost” para eles não te tocarem. Quando encontrar o trio Kaibutsu volte e entre no corredor que surgiu. Você está na Corrupted School. Vários caminhos são sem saída e Kaibutsus surgirão do nada. A sala do final possuirá um personagem especial. Você não poderá sair da sala ou usar efeitos. Quando ele pega Sabitsuki ela morre na hora.

Teoria: Esse cenário, tão difícil de se acessar provavelmente representa como Sabitsuki realmente se sentia na escola, perseguida e sozinha. Teorizam que o homem da última sala seria um professor, para o qual Sabitsuki tentou pedir socorro, mas não adiantou.


O Fim

Esses são os spoilers supremos, não leia se não quiser estragar o final do jogo de vez hein!

Existem 3 finais possíveis para o jogo .Flow, sendo dois normais e um secreto, o verdadeiro. Irei comentar cada um aqui.

Final 1: Depois de reunir todos os efeitos, acorde e saia pela porta do quarto. Sabitsuki aparecerá no terraço. A tela corta e o jogo termina com uma mancha de sangue no chão.

Esse final é semelhante ao de Yume Nikki, onde Madotsuki termina se jogando de sua casa. Sabitsuki não teria aguentado mais os pesadelos e decidiu encerrar sua vida.

Final 2: Depois de reunir todos os efeitos, durma de novo e retire todos os efeitos do computador, quando acordar saia pela porta do quarto. Sabitsuki aparecerá no terraço, mas dessa vez uma enfermeira com uma máscara de gás aparecerá também, ela se aproxima e a tela corta. Vemos então a enfermeira carregar o corpo morto de Sabitsuki pelos créditos.

Esse final seria a conclusão da teoria de Sabitsuki possuir uma doença rara e contagiosa. Ela não poderia sair do quarto para não espalhar a doença. Quando sai uma enfermeira com máscara acaba tendo que matá-la e se livrar do corpo.

Final 3: Depois de reunir todos os efeitos durma, entre no computador, recolha todos os efeitos então acorde, durma de novo e o computador terá sumido. Agora você terá um longa jornada, onde terá que interagir com três eventos sem portar nenhum de seus efeitos. A confirmação de que você interagiu corretamente é um janela de texto em branco. Não poderia descrever em detalhes a jornada, pois é muito extensa, mas é muito interessante. Vejam pelo vídeo abaixo.


No final verdadeiro vemos Sabitsuki seguir em frente mesmo com tudo ficando cada vez pior, e acabar ficando completamente deformada como um Kaibutsu. Ela encontra a si mesma na última sala, e deve se matar com o cano. Ao acordar ela vai para o terraço e encontra com a enfermeira, que a mata com um cassetete.

Diferente do segundo final, na cena de créditos vemos Sabitsuki no mundo de .Flow, e durante os créditos ela percorre o cenário inteiro, passando por várias imagens sinistras.


Esse final provavelmente simboliza que Sabitsuki tentou lutar com todas as forças contra a doença, mas no final não conseguiu vencê-la e acabou morrendo. Porém, diferente dos demais finais, nesse ela permanece viva dentro do programa .Flow. O que nos deixa aquela dúvida sinistra...

Quando Sabitsuki joga .Flow entra em um mundo alternativo, que simboliza o ambiente dentro de si mesma, um lugar desagradável, mas ao mesmo tempo familiar. O que faríamos se possuíssemos um programa semelhante? Você na verdade já faz isso quando joga .Flow, com uma sensação parecida com quem joga YN. O jogo diverte por lembrar você como é desagradável a viagem dentro de si mesmo. Encarar seus pesadelos. De repente vejo muitas pessoas se pegarem jogando várias e várias vezes esses jogos simplesmente porque seus ambiente caóticos lembram como elas se sentem por dentro, confusas e perdidas, mas curiosas. Não estaríamos nós, dessa forma, entendo o verdadeiro sentido de .Flow? E mais importante, que escolha faríamos quando for nossa hora de sair e abrir a porta?

Esse é o mais longe que pude chegar.

Baixar .Flow:


Fontes: 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ib – Do Outro lado da Arte


Um outro post sobre arte, que coincidência.

Hoje falaremos sobre o jogo Ib (se pronuncia como eeb ou “eve”) um jogo da plataforma RPG Maker criado pelo desenvolvedor japonês Kouri. Um jogo de suspense e terror, que já é bem conhecido pelos fãs da plataforma mundo afora, tendo inclusive uma enxurrada online de fanarts e fanfics.

Apesar das animações serem graficamente simples não subestime o jogo! Semelhante a Ao Oni o ponto forte são os sustos e o suspense, além disso, a história é muito criativa e interessante, uma vez conhecendo você com certeza vai querer saber o que acontece no final. A trilha sonora também é original e merece um destaque a parte.



O jogo começa quando a garotinha Ib vai com os pais a uma galeria de artes para a exibição das obras do artista conhecido como Guertena. Enquanto admirava um estranho quadro algo acontece... Ib de repente se vê sozinha na galeria e o ambiente ao seu redor parece ter mudado de alguma forma. A garota se vê obrigada a entrar e um quadro, e de repente parece ter ido parar em mundo onde todos os quadros de Guertena são realidade. Nesse mundo os quadros ganham vida e mãos saem das paredes tentando levar a garota. No caminho para tentar escapar desse mundo Ib encontrará Garry (um jovem de cabelos roxos) e Mary (uma garota loira um pouco mais nova que Ib) e juntos ele terão que resolver diversos puzzles antes de conseguirem voltar para casa.



Em Ib cada personagem possui uma rosa que representa sua alma no mundo da arte, se você perder todas as pétalas é Game Over (então deve-se salvar bastante) o mundo dos quadros é inconstante, e as vezes um mapa que pareceria seguro a primeira vista pode tornar-se um inferno de inimigos em poucos segundos.


Um dos pontos mais interessantes do jogo é que se você prestar atenção nos detalhes verá que os quadros (e por conseguinte o mundo dos quadros) representam o modo de ver a vida pela mente do artista da galeria, o que fica implícito em quadros como a dama de vermelho, o malabarista e etc, inclusive existem diversas prateleiras escondidas pelo jogo onde se pode ler quais foram as inspirações para os quadros.

Se você explorar os textos das obras espalhados pela galeria na primeira fase o jogo se tornará muito mais interessante ao longo da história, por exemplo, leia a descrição do quadro “claw/hands” estará escrito “cuidado com as bordas... quando você tiver esquecido”. Uma referência aos inimigos que saltam das paredes e só não atingem Ib se ela estiver bem no meio da passagem. Para os interessados postarei abaixo um link de onde você pode ler as descrições de todos os quadros do jogo.

http://ibrpg.wikia.com/wiki/Guertena's_Works

Vou colocar aqui alguns vídeos brasileiros do Gameplay, é só seguir as sequências se quiser continuar vendo:



Cuidado, SPOILERS à frente, se você planeja jogar o jogo não leia!

O Fim

O final do jogo vai surpreender você, pois de qualquer forma para um dos três personagens não será um final feliz. Existem diversos finais que serão influenciados pelas suas decisões ao longo do jogo, as mudanças mais drásticas serão aquelas escolhidas no capítulo final, na caixa de brinquedos. E não se engane, pode ser que Ib não tenha um final feliz. Aqui tem um vídeo com todos os finais, não vai chorar aí.

Todos os finais:


Eu particularmente me impressionei muito quando conheci Ib, pois não esperava muito de início... Mas existem muitos fãs pelo mundo (sou um deles) e a história realmente consegue ser assustadora em algumas partes, além do suspense constante em cada sala. Nos faz pensar sobre quem escolhemos para ser nossos amigos, e sobre o que nós sacrificaríamos para salvar quem amamos.


Baixar o jogo Ib:

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Yume Nikki – Até o limite do sonhar


Boas festas galera, matéria especial da virada de ano! Nossa, essa matéria ficou realmente maior do que eu espera, mas tudo bem, esse jogo merece. Curioso que tentei não deixar a matéria confusa, mas não teve jeito, ela está realmente confusa, o que na verdade combina bastante com o jogo. Espero que gostem, feliz ano novo a todos!

ATENÇÃO! Devido a minha necessidade pessoal de explicar o máximo sobre um tema, o texto a seguir contém SPOILERS. Se você planeja jogar Yume Nikki e não quer descobrir vários segredos, não leia o texto ou veja as imagens, em especial o final, pois vou dedurar legal. O texto vem a seguir, e você FOI avisado.

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Yume Nikki é mais um exemplo de jogo criado na plataforma RPG Maker que apesar do visual simples está fazendo um sucesso relativamente grande pelo mundo.

Yume Nikki (Diário dos Sonhos) é um jogo japonês da plataforma RPG Maker 2003 que foi lançado em 2004 pelo desenvolvedor independente conhecido apenas como Kikiyama. O jogo ganhou status de cult após ter sido divulgado no fórum japonês 2channel, se espalhando pelo mundo em seguida. Hoje a internet está infestada de fanarts e fanfics dele. O jogo é muito original e possui uma trama no mínimo curiosa.

A trama do jogo gira em torno da personagem principal Madotsuki, ou melhor, dos sonhos da personagem, que são onde o jogo ocorre.

Madotsuki é uma hikikomori (explicarei no próximo parágrafo) e nunca sai de casa, ou seja, todos os cenários estão acontecendo dentro da imaginação da garota.

“O fenômeno hikikomori tornou-se relativamente comum no Japão nos últimos anos. Um hikikomori é um indivíduo que se recusa a viver em sociedade, pelo menos a real, e vive trancado em casa, jogando jogos online e comendo comida instantânea. Essas pessoas não trabalham e são sustentadas pelos pais (a economia do Japão vem tentando resolver esse problema a tempos) e estima-se que atualmente 1% da população masculina do Japão seja constituída de hikikomoris, mostrando os sérios problemas que a pressão social japonesa criou nesses indivíduos, que se recusam a encarar viver vidas normais.”

No cenário inicial, a casa da garota, não há muito para se fazer. Madotsuki não fala nada durante o jogo inteiro. Se você tentar sair de casa a única resposta é Madotsuki balançar a cabeça em sinal negativo. O jogo começa quando você deita na cama, dentro dos sonhos de Madotsuki. O objetivo é colecionar todos os 24 “efeitos” (habilidades que modificam a aparência da personagem e variam desde “cabelo de cocô” até “demônio”) estes espalhados ao longo de 12 mundos diferentes, e colocá-los em uma sala especial, destravando o final do jogo.

Ao longo dos cenários o jogador se deparará com os mais diferentes ambientes, e conhecerá as mais bizarras criaturas. Um dos pontos mais fortes do jogo é sua trilha sonora original que combina perfeitamente com cada cenário. Vou postar um Link para a biblioteca musical completa abaixo:





Apesar de ser criado em uma plataforma de RPG o jogo não pode ser considerado RPG. A personagem não pode morrer, e existe a segurança de a qualquer momento você poder ativar a ação “beliscar a bochecha” para voltar para seu quarto e recomeçar o sonho de novo. Os únicos inimigos que podem representar alguma dificuldade são alguns poucos monstros e os “Toriningen” (Humanos pássaro) quando estes tocam na personagem ela é teleportada para um ambiente inescapável conhecido como “Hell” (Inferno), de onde o jogador é obrigado a acordar e recomeçar o sonho. A única forma de salvar o jogo é escrevendo no diário da varanda da casa de Madotsuki, o tal diário dos sonhos, onde supostamente Madotsuki anota os acontecimentos por onde passou no mundo onírico.

Bem, o jogo que a primeira vista pode ser aparentemente infantil, pode causar bastante perturbação aos despreparados. No meio das confusões que são os diversos mundos de Yume Nikki (variando desde mundos numéricos até esgotos e florestas fechadas) existem centenas de mensagens subliminares e as músicas e cenários são depressivos e confusos o tempo todo. 


Muitos cenários enormes nem mesmo possuem um propósito, parecem ter apenas funções decorativas. Vi muitos relatos de pessoas que jogaram o jogo por meia hora e não aguentaram mais dizendo que a ambientação e as cores causavam uma sensação melancólica e desconfortável. Muitos relacionaram essa sensação de abandono com o fato da personagem não falar e dos seres que ela encontra também raramente falarem alguma coisa.


Dois dos “efeitos” encontrados por Madotsuki merecem um destaque especial. O primeiro é “Cat” (gato) que faz com que Madotsuki vista uma fantasia de gatinha e mie. Esse efeito produz reação em quase todos os personagens do jogo, normalmente eles arregalam os olhos ou se movem mais freneticamente tentando segui-la. Algumas pessoas relacionam essa atitude com eles estarem “excitados” por ela. O outro efeito é “Knife” (Faca) o único efeito violento do jogo. Ao utiliza-lo a maioria dos personagens que podem se mover tentam fugir (outros ficam tremendo). Madotsuki pode usar a faca nos personagens, nesse caso eles normalmente gritam e desaparecem, alguns tem outras reações mais estranhas.

O jogo não se preocupa em explicar absolutamente nada, o que deu margem para que os fãs criassem diversas teorias sobre os significados dos sonhos de Madotsuki. Falarei sobre os principais aqui e aproveitarei para falar sobre diversos personagens importantes da série, que estão relacionados com as teorias.


A teoria mais aceita é que Madotsuki teria sido vítima de estupro, provavelmente pelo personagem representado por “Seccom Masada-Sensei”. Ele seria professor de piano de Madotsuki (a mesa dele tem duas cadeiras), e ele é um dos poucos personagens que possui uma cama onde Madotsuki deve deitar para prosseguir no cenário. Existe também o personagem conhecido como KyuuKyuu-kun, que possui um formato fálico.


 Para encontrá-lo você deve rasgar uma porta em forma de zíper que sangra (uma referência à virgindade roubada?) para piorar, ele esfrega um corrimão quando você fala com ele, se você usar o efeito “Gato” ele esfrega mais rapidamente, se você usar “Faca” ele esfrega mais lentamente (o que alguns teorizam simbolizar que ele não iria parar independente do que se faça). Essa teoria também é fortalecida por vários monstros com formato de útero (alem de úteros estilizados nos planos de fundo) que simbolizariam medo de gravidez por estupro e pelas famosas manchas de sangue que estão espalhadas em lugares escondidos do jogo e poderiam significar lugares onde a garota foi violentada, além de quadros sugestivos pelo jogo.


Outra teoria seria que Madotsuki na verdade está morta, e o mundo dos sonhos seria na verdade o mundo espiritual, o quarto seria a parte dela presa no mundo real, onde ela teria morrido. Nesse caso as manchas de sangue mostrariam lugares onde ela pode ter morrido ou viu pessoas morrerem (talvez um assassino). Outros dizem que a causa da morte foi um acidente de carro. Já que existem várias referências a pessoas mortas nesse tipo de acidente (outras pessoas que estavam no mesmo veículo que ela, talvez) nesse caso temos “Corpse-san” um garoto verde (decomposto?) e ensanguentado no chão que se contorce aparentemente atropelado. 


Temos também “Scarf Girl”, uma garota invisível normalmente, mas quando exposta ao efeito “Semáforo” no sinal vermelho, fica visível (alguns teorizam que no sinal vermelho ela foi acertada por isso fica visível, depois, no sinal verde, ela já era um fantasma). E as “monochrome sisters” Monoko e Monoe. Monoko parece uma garota comum, mas quando é exposta ao efeito “Semáforo” no sinal vermelho se transforma em uma figura deformada e cheia de braços, sendo que alguns dizem que os vários membros seriam a forma de uma garotinha interpretar fraturas expostas.


Há uma outra teoria que diz que na verdade Madotsuki é uma homicida, por isso foi trancada em casa e impossibilitada de sair. Ela só revelaria essa sua face no jogo quando o jogador consegue o efeito "Faca". Os personagens do mundo dos sonhos não se incomodam com a presença dela, mas fogem quando ela está com a faca na mão, talvez porquê soubessem do que ela é capaz. Mesmo quando mata outros personagens, o que não são cenas exatamente leves porque eles gritam e sai sangue, Madotsuki nunca muda sua expressão, seria frieza? De acordo com essa teoria a garota que seria o assassino e as manchas de sangue espalhada pelos cenários indicariam lugares onde ela teria assassinado outros personagens.

Existe ainda a teoria de que Madotsuki na verdade é um transgênero, essa é a mais fraca, o principal motivo seria porque no jogo, Madotsuki utiliza tanto banheiros masculinos quanto femininos. Existe um armário no jogo onde encontramos outra Madotsuki agachada dentro (ainda não saiu do armário?) e nesse caso os úteros e símbolos fálicos demonstrariam a confusão de Madotsuki quanto ao próprio sexo.

Uboa


Impossível falar de Yume Nikki sem citar Uboa, ele, ou ela, é a principal razão pela qual o jogo “viralizou” na internet, vindo inclusive a se torna um meme.

Uboa não possui sexo definido, nem mesmo um nome oficial. O nome Uboa provavelmente surgiu da fonética do grito dele “Uhhooooaaaa”. Alguns teorizam que o rosto de Uboa é uma referência ao “Ghost Face” da saga de terror “Pânico”, enquanto outro apontam que é uma versão corrompida da face de um “clanker” do jogo “Mischief Makers”.



A cena em que Uboa aparece é o único momento de susto intencional no decorrer do jogo. Na casa da personagem Poniko (uma garota loira que aparentemente é uma hikikomori como Madotsuki) se você desligar e ligar as luzes várias vezes existe 1/64 de chance de o cenário mudar e uma face negra surgir gritando no chão. A teoria geral é que aquela é a verdadeira forma da garota Poniko (Uboa não aparece se Poniko tiver sido morta com o efeito “Faca”) e que representaria um “lado negro” da personagem, que se mostraria por impaciência (de Madotsuki brincar com as luzes) ou medo do escuro. Nesse momento será impossível sair da sala, sendo esse o único momento do jogo em que o efeito “se beliscar” não funcionará. A única saída é interagir com Uboa.


Nesse momento Madotsuki será teleportada para um cenário horizontal, de onde se vê uma figura gigante e deformada ao fundo com vários braços, como no caso da garota Monoko. Ela é vermelha e parece estar vomitando sangue. Alguns teorizam que essa imagem tão grande e violenta representa a memória do corpo morto da própria Madotsuki, e estaria tão escondida no jogo por ser uma imagem que Madotsuki tentou esconder a todo custo de si mesma.

Aposto que você não está mais com vontade de brincar com as luzes do seu quarto não é mesmo.

O Fim

Devo abrir um parêntese final para comentar sobre como o jogo termina, e não há spoiler maior que esse...

No final do jogo, após pegar todos os efeitos, Madotsuki acorda e vai para a varanda. Haverá uma plataforma lá. A garota subirá na plataforma e se jogará de seu apartamento. Ou seja, Madotsuki se suicida no final... Uma música muito triste toca e os créditos surgem, juntamente com uma mancha de sangue no meio da tela. A mesma mancha de sangue que citei alguns parágrafos acima, aquela que está escondida em alguns lugares do jogo.



Na época, os fãs ficaram chateados com esse final. Acredito que muitos esperavam que no final Madotsuki parasse de sonhar e saísse do quarto, mas não, ela simplesmente se mata.

Existem diversas teorias do porque Madotsuki age daquela forma. Uma delas é que naquela altura do jogo ela já não saberia diferenciar o sonho da realidade, por isso se jogou tentando acordar (mais ou menos como acontece no filme “Inception”). Outra teoria é que a garota não queria mais viver no mundo real, preferindo se matar na esperança de poder ir para o mundo dos sonhos eternamente. Os fãs tentam relacionar a mancha de sangue que reaparece no final como se Madotsuki estivesse tendo uma premonição que iria morrer quando as encontrava no jogo, e outros interpretam como se a mesma mancha do final simbolizasse que ela voltou para os sonhos depois de morrer.



Essa imagem que encontrei é uma das mais tristes e que melhor representa aquele momento. Madotsuki está deitada, indefinível se está morta ou dormindo. Os efeitos estão ao redor dela, como se fossem sua cama. No canto inferior direito está o diário, como se estivesse se desfazendo...

A minha teoria é que Madotsuki não aguentava mais. Não se tem certeza sobre o que ela passou, mas ela passou por muita coisa. Depois de conseguir todos os “efeitos” do mundo dos sonhos ela simplesmente percebeu que não havia mais o que fazer. No desespero ela desistiu daquela vida pequena que tinha e resolveu se libertar na morte.

Yume Nikki tem realmente um final incrivelmente triste que nos faz pensar... Se você viver apegado a um mundo e de repente perceber que já não há nada que se pode fazer. Você Continuaria? Ou desistiria?

Vou colocar aqui um link para você baixar o jogo. Divirta-se.