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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O Ritual da Meia-Noite

Encontrei essa história enquanto vagava em um fórum sobre casos sobrenaturais. Achei bem interessante e irei publicar aqui. O usuário se deixou marcar como “anônimo”, então não posso dar o crédito a ele.

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Tive um pesadelo terrível noite passada. Fiquei tão aflito que aquilo ficou marcado em minha mente e não consigo esquecer. Eu estou nervoso em compartilhar isso. Espero que alguém possa me dizer se sabe sobre algum caso parecido com isso. Não estou dizendo que é realmente sobrenatural ou algo assim. Só foi... Complexo. Vou contar do jeito que lembro.

“O sol estava a pino quando eu e meu irmão mais novo, na verdade versões crianças de nós dois, íamos dentro de um barquinho, sendo guiados por um lugar isolado da civilização. Dentro de uma floresta para ser mais exato. Nosso guia ficava o tempo todo dizendo "vocês, garotos, não deviam ir até lá, não tem nada lá. É perigoso ficar na selva à noite" mas meu irmão e eu estávamos atrás de algo importante. Íamos passar a noite naquele lugar e continuávamos insistindo para seguir em frente.

Chegávamos já no final da tarde em uma construção abandonada semelhante à uma mansão no meio da selva. Pedíamos para o guia ir embora e nos buscar somente no outro dia. Íamos passar a noite ali.

Entrávamos na mansão e ela estava completamente vazia. As paredes eram brancas e não haviam móveis. Nós sentávamos e lanchávamos. Eu dizia que ainda era cedo, mas que não podíamos nos atrasar um segundo quando fosse a hora.

Quando era quase meia noite eu digo que está na hora. Nós andamos pela casa, até uma porta que fica em um cômodo mais profundo. Peço para meu irmão subir em minhas costas. Ele me pergunta o porquê.

Eu respondo que o gatilho do ritual que estávamos prestes a iniciar é o passo através da porta. Se só uma pessoa estiver tocando no chão, ainda conta como apenas uma, mas eu queria que ele estivesse comigo.

Lembro que meu irmão não entendia bem o que estava acontecendo, mas eu de alguma forma sabia de tudo em detalhes e estava explicando tudo para ele calmamente. Eu falo que ele deve ficar completamente quieto. Só eu falaria dali para frente.

Quando era exatamente meia-noite eu abria a porta. E é aí que as coisas se tornavam bizarras.

Havia uma festa acontecendo do outro lado da porta. Estávamos de frente para uma festa, sendo que a um segundo atrás nada daquilo existia, era apenas uma sala vazia em um casarão abandonado! Detalhe importante, nós não havíamos entrado na sala ainda. Estamos apenas de frente para a sala.

Era uma festa animada, mas dava para ver claramente que tudo dentro daquela sala estava em preto-e-branco e todos os ocupantes do outro lado estavam ignorando a nossa presença na porta. Havia apenas uma garota ali que havia nos notado.

Ela tinha cabelos longos e escuros, usava uma maquiagem pesada e estava bebendo e fumando. Era bonita, mas parecia estar entorpecida de alguma droga. O nome dela era Felicia, eu já sabia, e ela nos olhava franzindo os olhos. Tudo estava correndo como deveria ser.

Eu não falo para meu irmão, mas a sequência de palavras tinha que ser impecável, era um ritual delicado.

Eu: "Esse visitante traz as mãos vazias e a mente afiada".

Felicia: "Hã?"

Eu: "Abra a porta para mim, Felicia, preciso entrar na festa".

Felicia (confusa): "Eu... Não conheço você... Como sabe meu nome? Você foi convidado?".

Eu: "Fui convidado e sou aguardado, abra a porta Felicia".

Felicia está franzindo os olhos nesse momento. Ela parecia prestes a falar algo, mas nessa hora algo dá terrivelmente errado. Talvez eu tenha dito alguma palavra de forma errada, ou minha voz não tenha sido convincente o suficiente para ela. Repentinamente as luzes da festa se apagam e a festa some. Volta a ser uma sala vazia. Quando eu noto isso entro em pânico e corro para a porta da entrada da mansão, por onde entramos.

Estou correndo completamente em pânico nesse momento. Meu irmão se angustia.

"O que está acontecendo, irmão? Por que estamos voltando?"

"A-algo na sincronia foi quebrado, o ritual deu errado, quando isso acontece nós temos 30 segundos para sair da casa, ou nossa alma vai ficar presa no inferno".

Eu corro em pânico. E consigo sair do casarão e fechar a porta atrás de mim bem a tempo. Meu alívio só dura poucos segundos.

A adrenalina foi tão intensa que não percebi que meu irmãozinho não estava mais nas minhas costas. Ele provavelmente caiu por causa da minha pressa.

A porta abre poucos segundo depois. Meu irmão sai de lá. Mas não é mais ele. Seu rosto está maligno e horrível. Seu sorriso e olhos são inumanos.

Eu coloco as mãos no rosto, e caio de joelhos chorando. Meu erro mandou a alma de meu irmão para o inferno, e agora o que estava ali era um demônio na pele dele.

Ele agarra meu pescoço e o parte como um graveto seco. Eu não consigo gritar”

Antes da minha morte eu acordo. Estava suado e muito perturbado. Não consegui dormir mais naquela noite, pensando em tudo que havia visto naquele sonho. Sei que da forma que eu contei a situação toda deve parecer bem confusa. Mas irei explicar tudo que lembro mais adiante.

Eu não falo sobre os detalhes do ritual em voz alta em momento nenhum no sonho, mas eu sabia o que ele significava. Vou explicar o que eu sabia.

Algumas dezenas de anos atrás houve uma festa naquela casa e aquela garota, Felicia, deixou o diabo entrar na festa. De alguma forma apenas ela o viu (seria o efeito das drogas?). O diabo entrou na festa e foi até o quarto do dono da casa, que aparentemente era um bruxo poderoso, negociar algo.

A negociação deu errado e o diabo, irado, puniu o homem e todos os participantes da festa, deixando-os presos em uma espécie de "loop infinito" do momento da festa, como em uma dimensão paralela.

A cada meia-noite, na data de aniversário da festa, aquele momento se repete. Se uma pessoa imitar a forma como o diabo entrou na festa, no exato momento em que o diabo entra na sala e o diálogo que ele teve com a Felicia, essa pessoa pode encontrar o diabo no cômodo do dono da casa.

Ele vai falar algo como "Você não pertence a esta festa, nem a este tempo ou local. Mas por sua perspicácia em encontrar esse lugar vou te dar um desejo". Nesse momento você pode pedir qualquer coisa ao diabo que ele irá atender. Mesmo seu desejo mais sombrio será realizado. E ele o fará sem pedir nada em troca.

Foi um sonho estranho e perturbador. Um tanto quanto complexo para minha cabeça. Não canso de pensar que um desejo para o diabo é uma tentação deveras grande. E a parte mais angustiante... Não consigo lembrar o que iria desejar se tudo tivesse dado certo.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

.Flow – Onde Nascem os Pesadelos


Estou trazendo um post exclusivo hoje. A alguns meses atrás falei sobre Yume Nikki aqui no blog, um jogo original de RPG Maker que fazia o jogador viajar pelo mundo dos sonhos. Hoje falarei sobre um fangame famoso baseado em Yume Nikki, o violento .Flow.

.Flow (se pronuncia assim mesmo “ponto Flow”) foi criado por um desenvolvedor creditado apenas como “lol” no programa RPG Maker 2000 e distribuído gratuitamente na internet.

Mesmo sendo um fangame de Yume Nikki, o jeito como a história de .Flow é apresentada torna o jogo uma experiência completamente diferente. Se em Yume Nikki seu objetivo era explorar experiências estranhas no mundo dos sonhos com uns poucos pontos assustadores, em .Flow o mundo todo é assustador com uns poucos ponto de paz. Como se a protagonista vivesse constantemente presa em um mundo de pesadelos. A trilha sonora também é original e diferente.

http://www.youtube.com/watch?v=gMmYxC8FuZU

O jogo gira em torno da personagem principal, Sabitsuki (“coberta de ferrugem” em japonês), que assim como Madotsuki de YN vive em um apartamento sem poder sair. O jogo começa quando você a faz mexer no computador e rodar um programa chamado .flow, assim sendo levada para uma sala de onde é possível explorar diversos mundo bizarros. O jogador pode salvar o jogo quando Sabitsuki deita na cama.

Um detalhe importante que chamamos de “a” Sabitsuki por que se supõe que ela é uma garota já que usa vestido e outros efeitos femininos, mas seu visual é bem andrógino, e certeza absoluta ninguém tem. Talvez ajudasse se ela falasse algo durante o jogo.


Os cenários de .Flow são quase que totalmente urbanos, confusos e metálicos e parecem ser referência a uma cidade de onde não se consegue sair (Silent Hill?).

O objetivo do jogo é colecionar os 24 “effects” (efeitos) e habilitar os finais do jogo, e também procurar o “final verdadeiro” além dos eventos secretos, onde ocorrem eventos horripilantes.

Ao contrário dos efeitos de Yume Nikki, os “effects” que existem em .Flow são bem violentos (o efeito “viscera” por exemplo, faz a menina abrir a barriga e mostrar os intestinos) e o única efeito que pode ser utilizado de forma ofensiva que Sabitsuki encontra no jogo é o “cano de aço” (esse sim uma referência inegável a uma das armas ícones de Silent Hill).


Como de costume, .Flow é um jogo que não explica nada ao jogador e por isso dá margem à criação de muitas teorias e suposições. Tentarei explicar o máximo que puder ao longo do post, por isso se quiser jogar e procurar por si mesmo NÃO LEIA O TEXTO ABAIXO, AVISO DE SPOILERS!

No jogo existem diversos inimigos, mas o principal deles é um dos ícones do jogo, os chamados “Kaibutsu”.

Esses indivíduos de face ensanguentada que se vestem com uniformes colegiais japoneses masculinos normalmente andam lentamente pelo cenário, mas existem alguns que riem de maneira sinistra e perseguem Sabitsuki por todo o mapa se necessário. O cabelos de todos eles é branco, como o de Sabitsuki, e tocar em um deles transporta o jogador para um ponto isolado de onde a única maneira de sair é a opção “acordar” que leva Sabitsuki de volta para seu quarto.


Em .Flow é possível se morrer aos poucos, tocando em alguns inimigos, parecidos com baratas. Quando isso acontece Sabitsuki começa a ficar ensanguentada gradativamente até que a personagem fique com a cara totalmente irreconhecível. Nesse momento ela pára e olha para tela. A semelhança dela com um Kaibutsu é inegável, e então ela acorda. 

Uma das maiores teorias diz que Sabitsuki possui uma doença sanguínea contagiosa, e por isso deve ficar trancada em seu quarto. A sequência de ficar mais e mais ensanguentada representaria a evolução da doença, e virar um Kaibutsu representaria morrer pela doença. 



Conforme vai ficando mais e mais ensanguentada, muitos afirmam que Sabitsuki parece estar ficando “enferrujada”, a ferrugem é uma constante no jogo, muitas vezes de forma subliminar, o que teorizam representar a morte do metal, do urbano, do mundo. Existe uma teoria maluca sobre Sabitsuki ser um robô, mas não faz muito sentido. Faz mais sentido pensar que Sabitsuki está ligada de alguma forma ao cenário, e a ferrugem representaria o seu desgaste com o tempo, talvez pela doença.


Existe ainda uma outra teoria bem defendida de que Sabitsuki fazia parte de uma gangue na escola. Essa teoria é defendida baseando-se principalmente em um cenário secreto do jogo, onde se é possível encontrar a “Corrupted School” infestada de Kaibutsus, e que possui o famoso trio Kaibutsu, muito presentes em fanarts do jogo, que seriam inimigos especiais, representando rivais que ela teve na escola.


Por algum motivo, as pessoas costumam relacionar as atitudes de Sabitsuki com uma estudante problemática e que poderia muito bem fazer parte de uma gangue. Seus “effects” mostrariam isso. Além de andar com um cano de aço, também existem os efeitos “capuz”, “Tatuagem” entre outros similares.

Eventos Especiais

Existem eventos bizarros espalhados pelo jogo, que resultam em Sabitsuki acordar imediatamente. Irei comentar conforme a sequência, acompanhe pelo vídeo.



0:00 - Bloody Room event,

Em uma sala ensanguentada no esgoto, mais facilmente acessível com o efeito “Slime” Sabitsuki se recusa a abandonar a sala, e em poucos segundos o rosto dela se enche de sangue e ela acorda.

Teoria: Não há teoria especial sobre essa sala, mas ela se parece muito com as salas do hospital.

1:02 – Dying Girls event

Ao abrir uma porta em uma pichação com uma poça de sangue, Sabitsuki entra em uma sala de aparência orgânica, ali há uma garota de cabelos escuros e mais à frente uma sala repleta com essa mesma garota. Para abrir espaço Sabitsuki tem que matar várias delas com o cano. Na próxima porta há uma versão gigante da garota, presa às paredes. Ela sofre gradativamente enquanto o ambiente fica mais e mais vermelho, então seu abdômen se abre e ela morre de vez. Sabitsuki então acorda.

Teoria: Alguns dizem se tratar de uma representação dos anticorpos de Sabitsuki perdendo para a doença, mas a maioria esmagadora acredita que a garota de cabelos escuros representa a mãe de Sabitsuki, que teria morrido no parto dela. Ela não tem rosto pois Sabitsuki nunca a viu, e provavelmente morreu porque era muito jovem para um parto. Sabitsuki não gosta de lembrar disso por isso a sala é bem escondida, representando a repressão da memória.

3:08 – Kaibutsu in the Bar

Na área urbana existe um bar onde se vê um Kaibutsu bebendo tranquilamente (ele é o único do jogo com esse comportamento). Se Sabitsuki tentar matá-lo com o efeito do cano ele se vira e a mata primeiro, enquanto sua face volta fica ensanguentada. Depois de longos segundo vemos o que parece ser Sabitsuki morta em frente a seu computador, no mundo real. Mas ela acorda depois de alguns segundos.

Teoria: Pode ser que o evento só simbolize o fenômeno do “sonho dentro do sonho” onde por um momento acreditamos que o evento realmente matou Sabitsuki no mundo real, apenas para ver ela acordando de fato um pouco depois. Mas alguns teorizam que o evento representa como o mundo de .Flow só reflete para Sabitsuki o que ela dá, ou seja, os pesadelos dela são violentos por ela ser uma pessoa violenta.


Corrupted School

A porta para esse evento aparece de forma aleatória, por isso pode ser necessário sair e entrar no jogo algumas vezes.  Dentro da uma porta branca com sorriso de Kaibutsu haverá um ambiente infestado deles. Deve-se usar o efeito “Ghost” para eles não te tocarem. Quando encontrar o trio Kaibutsu volte e entre no corredor que surgiu. Você está na Corrupted School. Vários caminhos são sem saída e Kaibutsus surgirão do nada. A sala do final possuirá um personagem especial. Você não poderá sair da sala ou usar efeitos. Quando ele pega Sabitsuki ela morre na hora.

Teoria: Esse cenário, tão difícil de se acessar provavelmente representa como Sabitsuki realmente se sentia na escola, perseguida e sozinha. Teorizam que o homem da última sala seria um professor, para o qual Sabitsuki tentou pedir socorro, mas não adiantou.


O Fim

Esses são os spoilers supremos, não leia se não quiser estragar o final do jogo de vez hein!

Existem 3 finais possíveis para o jogo .Flow, sendo dois normais e um secreto, o verdadeiro. Irei comentar cada um aqui.

Final 1: Depois de reunir todos os efeitos, acorde e saia pela porta do quarto. Sabitsuki aparecerá no terraço. A tela corta e o jogo termina com uma mancha de sangue no chão.

Esse final é semelhante ao de Yume Nikki, onde Madotsuki termina se jogando de sua casa. Sabitsuki não teria aguentado mais os pesadelos e decidiu encerrar sua vida.

Final 2: Depois de reunir todos os efeitos, durma de novo e retire todos os efeitos do computador, quando acordar saia pela porta do quarto. Sabitsuki aparecerá no terraço, mas dessa vez uma enfermeira com uma máscara de gás aparecerá também, ela se aproxima e a tela corta. Vemos então a enfermeira carregar o corpo morto de Sabitsuki pelos créditos.

Esse final seria a conclusão da teoria de Sabitsuki possuir uma doença rara e contagiosa. Ela não poderia sair do quarto para não espalhar a doença. Quando sai uma enfermeira com máscara acaba tendo que matá-la e se livrar do corpo.

Final 3: Depois de reunir todos os efeitos durma, entre no computador, recolha todos os efeitos então acorde, durma de novo e o computador terá sumido. Agora você terá um longa jornada, onde terá que interagir com três eventos sem portar nenhum de seus efeitos. A confirmação de que você interagiu corretamente é um janela de texto em branco. Não poderia descrever em detalhes a jornada, pois é muito extensa, mas é muito interessante. Vejam pelo vídeo abaixo.


No final verdadeiro vemos Sabitsuki seguir em frente mesmo com tudo ficando cada vez pior, e acabar ficando completamente deformada como um Kaibutsu. Ela encontra a si mesma na última sala, e deve se matar com o cano. Ao acordar ela vai para o terraço e encontra com a enfermeira, que a mata com um cassetete.

Diferente do segundo final, na cena de créditos vemos Sabitsuki no mundo de .Flow, e durante os créditos ela percorre o cenário inteiro, passando por várias imagens sinistras.


Esse final provavelmente simboliza que Sabitsuki tentou lutar com todas as forças contra a doença, mas no final não conseguiu vencê-la e acabou morrendo. Porém, diferente dos demais finais, nesse ela permanece viva dentro do programa .Flow. O que nos deixa aquela dúvida sinistra...

Quando Sabitsuki joga .Flow entra em um mundo alternativo, que simboliza o ambiente dentro de si mesma, um lugar desagradável, mas ao mesmo tempo familiar. O que faríamos se possuíssemos um programa semelhante? Você na verdade já faz isso quando joga .Flow, com uma sensação parecida com quem joga YN. O jogo diverte por lembrar você como é desagradável a viagem dentro de si mesmo. Encarar seus pesadelos. De repente vejo muitas pessoas se pegarem jogando várias e várias vezes esses jogos simplesmente porque seus ambiente caóticos lembram como elas se sentem por dentro, confusas e perdidas, mas curiosas. Não estaríamos nós, dessa forma, entendo o verdadeiro sentido de .Flow? E mais importante, que escolha faríamos quando for nossa hora de sair e abrir a porta?

Esse é o mais longe que pude chegar.

Baixar .Flow:


Fontes: 

sábado, 23 de junho de 2012

Ao Lado


De novo aquele pesadelo desgraçado.

Sonho que estou deitada na cama ao lado do meu marido, ele está embrulhado até a cabeça, como gosta de dormir, e eu fico olhando para sua forma no lençol.

Até que de repente começo a sentir que algo está muito errado com aquela forma. Eu tento sair lentamente da cama, mas nunca consigo a tempo. O lençol se abre e uma criatura salta gritando em minha direção. Os olhos vazios e cruéis. A boca aberta cheia de dentes pontudos.

Acordo tensa e suando muito. Olho para meu lado e lá está meu marido embrulhado ao meu lado.

Deito de novo me sentindo uma boba por ter tido aquele mesmo pesadelo de novo. Imagino quantas pessoas não passam por uma situação parecida, digo, quantas não acordam de noite e olham para o lado sem saber por que estão lá, porque estão deitadas ao lado daquela pessoa, imaginando o quanto a conhecem.

Mas algo se mexe novamente. Meus olhos se dilatam.

Eu já devia estar tentando sair da cama. M-mas não. Eu acabei de acordar, não posso estar sonhando.

- Amor, acordei você? Pergunto. Mas fico sem resposta.

Não tem graça nenhuma, estou cansada de sonhar com isso. Não tenho medo de um pesadelo estúpido.

Puxo o lençol dele.

Uma criatura branca e pálida terrível me encara. Os olhos vazios, a boca aberta em um sorriso. Suas mãos se movem em um borrão vermelho.

Não era um pesadelo.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Mente e os Pesadelos

Um estudo recente do Instituto Nacional de Psiquiatria, em Boston, Massachusetts, concluiu que nenhuma atividade pode explicar o fenômeno conhecido como “pesadelo”.

Considerando que muitos sonhos vêm de desejos inconscientes do indivíduo, a maioria dos pesadelos parece vir de uma fonte, uma idéia externa, independente.

Na verdade, quando os indivíduos são convidados a recordar os pesadelos, quase sempre são encontradas memórias físicas, e os estudos comprovaram que elas não se encontravam na zona do cérebro onde os sonhos normais são transmitidos e armazenas.

Então, em outras palavras, o que são aqueles lugares e aquelas criaturas terríveis que você vê em seus "sonhos"?

Sim. Aquilo não veio de sua mente.

Eles são reais.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Papai, Tive um Pesadelo

"Papai, eu tive um pesadelo."

Você coça seus olhos e levanta o pescoço. Seu relógio brilha em vermelho dentro da escuridão --são 3:23. "Você quer subir na cama e me contar sobre ele?"

"Não, Papai."

A estranhesa da situação te faz ficar mais acordado. Você quase consegue ver a silhueta pálida de sua filha no escuro do quarto. "Por que não, querida?"

"Porque no meu pesadelo, quando eu te contei do sonho, a coisa vestindo a camisola da mamãe se levantou."

Por um momento, você se sente paralisado; você mal consegue tirar os olhos de sua filha. O cobertor atrás de você começa a se mexer.