Lili era uma garota de 10 anos que tinha uma vida tranqüila junto com seus pais.
Porém no começo daquele ano os pais acabaram tendo alguns conflitos, chegando ao ponto da mãe de Lili sair de casa durante alguns meses. Felizmente os pais reataram e voltaram a ser uma família normal, tão normal que poucos meses depois a mãe de Lili descobre que está grávida novamente. Grávida de um menino.
Quase no fim de gravidez de sua mãe, Lili acorda certa manhã e diz a seus pais:
- Não quero ter um irmão. Esse bebê nos trará problemas mamãe!
Os pais acreditaram que aquela era uma reação natural de ciúme ao bebê e respondem:
- Não fale desse jeito Lili! Você aprenderá a amar seu irmãozinho mais cedo ou mais tarde.
Nessa noite Lili tem um pesadelo. Um homem grande de olhos vermelhos, vestido com uma longa túnica se aproxima e conversa com ela. Mesmo assustada Lili houve cada palavra do que ele diz.
Lili se comportou muito estranhamente durante todo o dia seguinte. Não conversou com ninguém, nem comeu nada. Seus olhos estavam diferentes, mas ninguém se preocupou com isso.
À noite, Lili levantou-se de sua cama e andou em direção ao quarto de seus pais.
Seu pai sempre deixa um copo de água do lado de sua cama. Lili coloca no copo dele uma grande quantidade de veneno para rato que pegou na cozinha, e espera olhando para os dois em pé, na escuridão. Um objeto brilha em suas mãos, refletindo a luz da lua.
Não demorou muito. Seu pai esticou o braço, pegou o copo e começou a beber em grandes quantidades. Seu olhos se arregalaram, e em uma última convulsão ele tenta acordar a mulher para pedir socorro, mas morre na hora, sua boca inchada e regurgitando o veneno.
A mãe demora a perceber, e acorda lentamente. Ao ver o marido inconsciente ao seu lado, ela tenta levantar, mas sua barriga não a deixa se mover direito. Ela olha para o lado, e Lili está lá. Suas mãos estão vestindo luvas cirúrgicas. Seus olhos arregalados e vermelhos. Ela está mordendo os lábios.
A faca de cozinha na mão de Lili brilha em um espasmo violento antes de desferir o primeiro golpe no peito de sua mãe. Ela mata a mãe sem piedade.
Seus gritos são abafados rapidamente pelos talhos na garganta. E agora Lili se aproxima da barriga de sua mãe.
Um golpe profundo e bem dado, o sangue borbulha e jorra como se abrisse uma melancia de carne.
Ela arranca o feto ainda pulsante e o carrega nos braços.
Lili enterra os feto em um buraco, no terreno nos fundos do quintal do vizinho. E em seguida chama a polícia, sua voz está diferente da de uma garotinha. Ela faz a denúncia de um assasinato. E deixa a faca na cena do crime, sem nenhuma digital.
Lili vai para um orfanato e lá houve histórias sobre o assassino que matou seus pais. Ela se lembra dos terríveis fatos, mas achou que era um sonho naquela hora. Ela não estava se controlando. Mas ninguém acreditaria.
Certa noite, a garota tem outro sonho com o homem grande de túnica. Ele a elogia e diz que fez um ótimo trabalho. Mas ainda havia mais a ser feito. Lili não queria obedecer, mas o homem falou a ela que aquele era seu último pedido. Com muito medo, Lili decidiu ouvir suas palavras.
Lili se levantou aquela noite e andou vários quarteirões em direção à casa de seus antigos vizinhos.
Ela teria que desenterrar o feto morto e beber seu sangue, mas quando chegou no local onde deveria estar o feto enterrado, tudo que havia lá era um buraco aberto.
Ainda sem entender o que havia acontecido, Lili ouve um barulho em suas costas. E ao se virar algo pequeno começa a sair dos arbustos, próximos à ela.
Então ela vê. E seus pés congelam no chão frio. Uma criatura pequena e rosada, inclinada como um pequeno símio se arrasta das trevas. Seu corpo liso está coberto com sangue e placenta, seus braços e pernas são anormalmente grandes para seu tamanho. Sua pequena boca está aberta e seu nariz e olhos deformados a encaram com uma crueldade inatural.
Lili sente uma mão grande segurar seu ombro e a voz grossa sussurra em seu ouvido.
- Você entendeu errado Lili, você veio aqui para que ele beba seu sangue. Para que meu filho beba seu sangue.
Lili seria encontrada no dia seguinte. O laudo médico mostra que ela foi atacada por algum tipo de símio selvagem. Seu corpo foi encontrado com profundas marcas de mordidas de uma boca animalesca e pequena.
Ela havia perdido grande parte de seu sangue.
Nenhum comentário:
Postar um comentário